VIOLÊNCIA

Homem armado mata nove pessoas em igreja nos EUA

O atirador fugiu e a polícia prossegue com a busca do suspeito, um homem branco com idade por volta de 20 anos, sem barba e que vestia calças de estilo texano

France Press
18/06/2015 às 09:41.
Atualizado em 23/04/2022 às 10:13
Polícia procura por suspeito que matou nove pessoas em uma igreja da comunidade negra nos Estados Unidos (France Press)

Polícia procura por suspeito que matou nove pessoas em uma igreja da comunidade negra nos Estados Unidos (France Press)

Um jovem branco matou nove pessoas a tiros na quarta-feira em uma igreja da comunidade negra de Charleston, na Carolina do Sul (sudeste dos Estados Unidos). O atirador fugiu e a polícia prossegue com a busca do suspeito, um homem branco com idade por volta de 20 anos, sem barba e que vestia calças de estilo texano.O suspeito é "muito perigoso" e permaneceu durante quase uma hora entre os fiéis que estudavam a Bíblia na igreja, antes de abrir fogo, afirmou o chefe de polícia de Charleston, Gregory Mullen, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira.A polícia estadual pediu reforços ao FBI e à polícia da capital, Washington.A polícia de Charleston divulgou imagens do atirador, obtidas com câmeras de segurança. O suspeito aparece abandonando a igreja em uma carro. "Havia oito mortos dentro da igreja. Duas pessoas feridas foram levadas (ao hospital) e uma faleceu", disse o chefe da polícia de Charleston na quarta-feira à noite."No momento, temos nove vítimas fatais deste crime espantoso", completou."Acredito que foi um crime de ódio", afirmou Mullen. Uma das vítimas fatais foi o pastor da igreja, Clementa Pinckney, também senador estadual da Carolina do Sul, segundo a imprensa local e parentes.O ataque ocorreu por volta das 21H00 locais (22H00 de Brasília) contra a Emanuel African Methodist Episcopal Church, uma das mais antigas igrejas da comunidade negra de Charleston.O homem abriu fogo durante uma sessão de estudos bíblicos, muito frequentes nas igrejas do sul dos Estados Unidos, tanto durante a semana como aos domingos.Apesar da grande mobilização policial, que incluiu helicópteros, o suspeito, que a polícia considera muito perigoso, ainda não foi localizado várias horas depois do ataque."Vocês podem imaginar que encontramos um cenário muito caótico quando chegamos", disse o chefe de polícia.As forças de segurança procuram o homem com a ajuda de cães farejadores para "garantir que não está na região para cometer outros crimes", completou Mullen. - Tensão racial - O crime representa um novo golpe para a comunidade afro-americana nos Estados Unidos, que nos últimos meses foi vítima de crimes aparentemente motivados por racismo, em particular homicídios cometidos por policiais brancos contra homens negros desarmados.Este foi o caso de Ferguson em 2014 e o de Baltimore há algumas semanas, além de vários crimes similares ao cometido em Charleston que provocaram uma grande tensão racial no país.Após o tiroteio em Charleston, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, fez um apelo aos moradores."Minha família e eu oramos pelas vítimas e pelos parentes afetados pela tragédia sem sentido desta noite" na igreja, disse a governadora."Enquanto ainda ignoramos os detalhes, sabemos que jamais entenderemos o que motiva uma pessoa a entrar em um dos nossos locais de oração e tirar a vida de outros".Jeb Bush, pré-candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, que deve participar de um comício em Charlotte, na Carolina do Norte, escreveu no Twitter que "nossos pensamentos e orações estão com os indivíduos e famílias afetadas pelos trágicos fatos de Charleston".A pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou na quarta-feira de um ato eleitoral na cidade, escreveu no Twitter: "Notícias terríveis de Charleston. Meus pensamentos e minhas orações estão com vocês".Mike Huckabee, outro republicano que sonha com a candidatura à Casa Branca, também expressou pêsames. As emissoras de TV da região chegaram a anunciar a detenção do suspeito e mostraram imagens de um homem parecido com a descrição da polícia, mas as autoridades informaram pouco depois que ainda procuravam o autor do crime.

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