Investigadores das agências governamentais dos EUA assinalam que a conta particular de Hillary Clinton possuía e-mails potencialmente sigilosos
Hillary vem sofrendo duras críticas dos rivais republicanos (France Press)
Dois investigadores solicitaram à Procuradoria-Geral americana a abertura de um inquérito sobre a possibilidade de Hillary Clinton ter manipulado, de forma imprudente, informações sensíveis do governo ao usar seu e-mail particular para tratar de assuntos do Departamento de Estado - informou "The New York Times"."O Departamento (de Justiça) recebeu um pedido referente a um possível risco para informações sigilosas", afirmou um funcionário da pasta, em um breve comunicado, confirmando, em parte, as notícias do "Times".A fonte da AFP esclareceu que não se trata, porém, de um "pedido de investigação penal", como publicou o jornal.Esse pedido acontece depois de uma avaliação realizada pelos inspetores-gerais do Departamento de Estado e das agências de Inteligência dos Estados Unidos, que figura em um memorando de 29 de junho e assinala que a conta particular de Hillary possuía certos e-mails potencialmente sigilosos, acrescentou o "Times".O memorando foi dirigido ao subsecretário de Estado de Administração, Patrick Kennedy, completou o "NYT", que diz ter obtido o texto de um alto funcionário do governo.Os inspetores-gerais são investigadores internos dentro das agências do governo.Ex-secretária de Estado, ex-senadora e ex-primeira-dama, Hillary se lançou à disputa presidencial, e poucos duvidam de que conseguirá a candidatura democrata para concorrer à Casa Branca.Hillary Clinton acusa seus adversários políticos de fabricarem uma controvérsia em torno dos correios eletrônicos em questão e garantiu que jamais utilizou seu e-mail particular para se comunicar com o pessoal do Departamento de Estado, autoridades e outras pessoas entre 2009 e 2013.A ex-secretária de Estado entregou mais de 55.000 páginas correspondentes a cerca de 30.000 e-mails oficiais. Esse material está sendo gradualmente tornado público, após a censura de informações sensíveis, por parte das autoridades. Além disso, Hillary disse que apagou em torno de 30.000 mensagens e deixou seu provedor "limpo", depois de entregar sua correspondência oficial ao Departamento de Estado.