Em uma mesa-redonda organizada em Hartford, na presença de centenas de pessoas, Hillary denunciou "a epidemia" de mortes por armas de fogo
A pré-candidata na corrida pela indicação do Partido Democrata Hillary Clinton (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
A pré-candidata na corrida pela indicação do Partido Democrata Hillary Clinton criticou o lobby das armas duramente nesta quinta-feira, em uma reunião com famílias de vítimas da violência por armas de fogo, em Connecticut, um dos cinco estados a realizar primárias na próxima terça. Foi neste estado do nordeste dos Estados Unidos que um jovem desequilibrado matou 20 crianças e seis adultos em uma escola do Ensino Fundamental de Sandy Hook, em dezembro de 2012. Em uma mesa-redonda organizada em Hartford, na presença de centenas de pessoas, Hillary denunciou "a epidemia" de mortes por armas de fogo nos Estados Unidos. Para ela, são "indefensáveis os argumentos dos que não querem reconhecer suas responsabilidades" nesse tema. A ex-secretária de Estado também destacou "a intimidação na Internet", a que são submetidos, segundo ela, os que se pronunciam contra o lobby das armas, assim como "a tentativa organizada" para "intimidá-los e fazê-los calar". "Em termos políticos, o lobby das armas nunca descansa", acrescentou. "Temos armas de fogo demais em mãos erradas neste país", insistiu, declarando-se a favor de "uma reforma global". Sem dar detalhes, Hillary Clinton disse estar "totalmente decidida" a não deixar que a questão das armas continue sendo ignorada. Nos Estados Unidos, morrem 32.000 pessoas por armas de fogo por ano. Dois terços dessas mortes são suicídios.