INTERNACIONAL

Governo sírio mantém ataques aéreos em Idlib

Os bombardeios do regime sírio mataram vinte e um civis, incluindo nove crianças, e atingiram um hospital na província de Idlib, a última fortaleza extremista na Síria - informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH)

AFP
28/05/2019 às 14:10.
Atualizado em 03/04/2022 às 09:42

Os bombardeios do regime sírio mataram vinte e um civis, incluindo nove crianças, e atingiram um hospital na província de Idlib, a última fortaleza extremista na Síria - informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).Desde domingo, os bombardeios e tiros de artilharia diários nesta província do noroeste do país em guerra mataram 52 civis, incluindo muitas crianças, de acordo com um balanço do OSDH.A província de Idlib, bem como áreas nas províncias vizinhas de Hama, Aleppo e Latákia, são mantidas pelo grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS, uma ex-facção da Al-Qaeda).As forças leais ao governo Bashar al-Assad controlam parte do sudeste e do leste da província de Idlib. Em razão dos ataques aéreos, mas também dos combates em terra desde o final de abril, conseguiram retomar várias cidades no sul desta província e no norte de Hama.O regime de Assad não anunciou uma ofensiva contra os jihadistas na província de Idlib, mas intensificou os bombardeios aéreos e travou combates no terreno desde o final de abril.Nesta terça-feira, pelo vinte e um civis civis, incluindo nove crianças, foram mortos nos ataques aéreos contra a região de Jabal al-Zawiya, no sudeste da província de Idlib, segundo o OSDH.Um hospital na localidade de Kafranbel foi atingido por tiros de artilharia, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha). O estabelecimento "estaria fora de serviço por causa de danos significativos", disse à AFP um porta-voz do Ocha, David Swanson."O hospital está totalmente fora de serviço. Seus equipamentos, seus aparelhos" foram danificados, confirmou à AFP seu diretor administrativo, Majed al-Akraa. "O ataque foi muito violento. Os geradores pegaram fogo, meu carro pegou fogo, os escritórios também". Desde setembro de 2018, a província de Idlib tem sido alvo de um acordo entre Moscou e Ancara, que apoia certos grupos rebeldes, de uma "zona desmilitarizada" para separar os territórios insurgentes das áreas adjacentes controladas pelo governo.Parcialmente aplicado por causa da recusa dos jihadistas a se retirarem da futura zona tampão, este acordo impediu uma grande ofensiva do Exército sírio. Ainda assim, o governo continuou a realizar ataques intermitentes antes de ampliá-los a partir do final de abril.Na segunda-feira, 19 civis, incluindo seis crianças, morreram em ataques aéreos, conforme o OSDH. Doze civis foram mortos no domingo.No mês passado, mais de 260 civis, entre eles cerca de 60 crianças, morreram na escalada da violência na província de Idlib, completou o OSDH.Mais de 200.000 pessoas foram deslocadas, segundo a ONU.Nas últimas semanas, os pedidos pelo fim das hostilidades se multiplicaram, e a ONU soou o alarme sobre o risco de uma "catástrofe humanitária" em Idlib. Iniciada em 2011, a guerra na Síria já causou mais de 370.000 mortes, segundo o OSDH, e forçou o deslocamento de milhões de pessoas.ho/bek/tgg/tp/mr/tt

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