INTERNACIONAL

Governo grego enfrenta moção de censura e protestos pelo nome da Macedônia

O governo de esquerda do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras enfrenta neste sábado uma moção de censura da direita para bloquear o acordo alcançado entre Atenas e Skopje sobre o nome da Macedônia, em meio a protestos

AFP
16/06/2018 às 07:10.
Atualizado em 28/04/2022 às 12:55

O governo de esquerda do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras enfrenta neste sábado uma moção de censura da direita para bloquear o acordo alcançado entre Atenas e Skopje sobre o nome da Macedônia, em meio a protestos.Exceto no caso de uma grande surpresa, o governo de Tsipras, com maioria parlamentar de 154 cadeiras de um total de 300, deve escapar ileso da votação.A votação acontece um dia antes da reunião dos ministros das Relações Exteriores da Grécia e da Macedônia na fronteira para assinar um acordo histórico pelo qual o país passará a chamar-se "República da Macedônia do Norte".O acordo é apoiado pela ONU, União Europeia e Otan.Tsipras chamou na sexta-feira o acordo de "vitória de importância histórica para a Grécia"."Demonstramos que onde existe vontade, um conflito antigo, de várias décadas, pode ser solucionado de forma equilibrada", completou.Desde a independência desta ex-república iugoslava em 1991, a questão do nome da Macedônia é tema de controvérsia. A Grécia não tolerava que o país vizinho assumisse o nome de uma de suas províncias, reivindicando a herança dos grandes reis da Macedônia antiga, Filipe II e seu filho, Alexandre, o Grande.Um protesto está programado para a tarde diante do Parlamento, convocado por um movimento que luta pelo caráter grego da Macedônia. A moção de censura foi apresentada pelo grande partido conservador Nova Democracia, que considera o acordo uma "derrota nacional". "Não vamos dividir os gregos para uni-los (aos macedônios)", afirmou o líder da oposição conservadora no Parlamento de Atenas, Kyriakos Mitsotakis, que busca capitalizar a indignação de setores nacionalistas do eleitorado. O acordo estabelece que o idioma do país vizinho, embora continue sendo denominado macedônio, "pertence à família das línguas eslavas do sul".O conservador Nova Democracia tinha centrado até agora suas críticas nas supostas concessões de Tsipras ao reconhecer uma nacionalidade e um idioma macedônios.Atenas só reconhecia oficialmente a Antiga República Iugoslava da Macedônia por este acrônimo, ARIM, assim como Berlim ou Paris, enquanto mais de 140 países, inclusive Rússia, Estados Unidos, China e Reino Unido, haviam aceitado "Macedônia".O grande objetivo para a Macedônia é agora obter luz verde na cúpula europeia no fim de junho para empreender negociações de adesão e obter um convite para se unir à Otan na cúpula da Aliança, nos dias 11 e 12 de julho.cb/ab/an/me/pb/fp

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