(Divulgação)
O Google agiu ilegalmente para manter o monopólio em tecnologias de publicidade online, decidiu um juiz federal hoje, quinta-feira 17, agravando os problemas legais que podem remodelar a empresa de US$ 1,86 trilhão e se adequar e alterar seu poder na internet.
A juíza Leonie Brinkema, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Leste da Virgínia, afirmou em uma decisão de 115 páginas que o Google havia infringido a lei para construir seu domínio sobre o “sistema tecnológico amplamente invisível que exibe anúncios em páginas da web”.
O Google tem enfrentado cada vez mais questionamentos sobre o papel dominante que seus produtos desempenham na forma como as pessoas obtêm informações e conduzem negócios online.
Outro juiz federal decidiu em agosto que a empresa detinha o monopólio nas buscas online.
Agora, o Departamento de Justiça e um grupo de estados processaram o Google, argumentando que seu monopólio em tecnologia de anúncios permitia que a empresa cobrasse preços mais altos e ficasse com uma parcela maior de cada venda.
"Além de privar os rivais da capacidade de competir, essa conduta excludente prejudicou substancialmente os clientes editores do Google, o processo competitivo e, em última análise, os consumidores de informações na web aberta", disse a juíza Brinkema.
O governo argumentou em seu caso que o Google detinha o monopólio sobre três partes do mercado de publicidade online: as ferramentas usadas por editores online, como sites de notícias, para hospedar espaços publicitários abertos; as ferramentas que os anunciantes usam para comprar esse espaço publicitário; e o software que facilita essas transações.
A juíza Brinkema decidiu a favor do governo em duas delas, concluindo que o Google construiu ilegalmente um monopólio sobre as ferramentas para editores e o sistema de software.
Ela rejeitou a terceira: as ferramentas usadas por anunciantes, alegando que o governo não havia conseguido provar que se tratava de um mercado real e definido.
Um juíz federal está analisando um pedido do Departamento de Justiça para desmembrar a empresa, com uma audiência de três semanas sobre o assunto marcada para começar na segunda-feira.
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