INTERNACIONAL

G7 do Meio ambiente se reúne para analisar medidas concretas

Os ministros do Meio Ambiente do G7 começaram neste domingo em Metz, no leste da França, conversações visando a promover medidas concretas, na véspera da publicação de um relatório preocupante sobre a situação da natureza

AFP
05/05/2019 às 11:40.
Atualizado em 03/04/2022 às 22:53

Os ministros do Meio Ambiente do G7 começaram neste domingo em Metz, no leste da França, conversações visando a promover medidas concretas, na véspera da publicação de um relatório preocupante sobre a situação da natureza."Devemos deixar este G7 com objetivos muito concretos", afirmou o secretário de Estado francês para a Transição Ecológica, Brune Poirson, na abertura dos debates.Além dos países do G7 (França, Canadá, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e Reino Unido), delegações do México, Chile (que abrigará a COP25 no final de 2019), Níger, Gabão, Egito estão presentes no encontro, assim como Índia, Indonésia, Ilhas Fiji, Noruega e União Europeia (UE).Os delegados debaterão até segunda-feira sobre uma série de iniciativas (combate ao desmatamento, poluição de plásticos, sistemas de ar condicionado limpos, proteção de recifes de corais, etc ...), o que deve levar à criação de coalizões de países para impulsionar medidas.O financiamento de ações em favor da biodiversidade também será estudado.Este G7 do Meio Ambiente deve ser concluído com a adoção, pelos países que desejarem, de um guia de biodiversidade."Essas propostas têm todo o nosso apoio", disse o comissário europeu do Meio Ambiente, Karmenu Vella.Na segunda-feira, a versão final de um relatório sobre a situação global dos ecossistemas será publicada em Paris. Até um milhão de espécies estariam em perigo, de acordo com uma primeira versão do texto.Com base em estudos científicos, "chegaremos a um acordo sobre os melhores meios para aumentar o lugar da biodiversidade no cenário internacional e alcançar um resultado ambicioso" na conferência internacional sobre biodiversidade na China no final de 2020, prometeu o ministro francês da Transição Ecológica, François de Rugy, no início da reunião.A luta contra a mudança climática escondeu por algum tempo a necessidade de proteger a biodiversidade nas discussões internacionais.Mas a reunião dos estados membros da Convenção das Nações Unidas sobre diversidade biológica (COP15) de Kunming, deve definir uma agenda para proteger a biodiversidade após 2020, após o fracasso em cumprir a maioria dos compromissos no período 2011-2020, conhecido como "objetivos de Aichi".A França espera conseguir a elaboração de um comunicado final deste G7, apesar das diferenças com os Estados Unidos em relação ao clima. Em seu primeiro discurso neste domingo, Andrew Wheeler, que dirige a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), lamentou que "muita atenção tenha sido dada aos piores cenários" sobre o clima.Além deste G7 do ambiente, haverá palestras sobre biodiversidade, mudanças climáticas e transição ecológica para o público. Para muitas associações, os objetivos estão longes, tanto na luta contra as mudanças climáticas quanto na proteção da biodiversidade. Os membros do G7 fazem parte dos "países mais ricos e mais desenvolvidos, mas também são os que mais poluem", recorda Climate Action Network (RAC).laf/rh/cb/pa/age/cn

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