Depois da América Central

Furacão Nate avança para os EUA

O furacão Nate ganhava força neste sábado enquanto avançava rumo aos Estados Unidos, após deixar 28 mortos em sua passagem pela América Central

AFP
revista.metropole@rac.com.br
07/10/2017 às 13:03.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:05

Furacão Nate (NASA)

Nova Orleans, devastada em 2005 pelo furacão Katrina, que deixou centenas de mortos, e outras cidades localizadas na costa do Golfo dos Estados Unidos estavam em alerta. O presidente Donald Trump emitiu uma declaração de emergência, que permitirá a liberação de ajuda federal para lidar com o impacto da tormenta. Segundo um relatório divulgado às 12h GMT pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês), o olho do Nate se encontrava 395km a sudeste da foz do rio Mississippi. Os ventos de até 135km/h o tornam um furacão de categoria 1 na escala Saffir-Simpson, que vai até 5. Ele se desloca com rapidez, a 35km/h, e deve atingir a costa americana no fim deste sábado. O NHC estima que as inundações causadas pelo furacão possam chegar a 2,7m em algumas áreas, e alertou para a força das ondas. Nova Orleans decretou toque de recolher a partir das 18h locais, e também foram emitidas ordens de evacuação para algumas áreas. "Nossa pior ameaça não é, necessariamente, a chuva, e sim os fortes ventos e as ondas", assinalou o prefeito Mitch Landrieu. No México, onde não era esperado um impacto direto da tormenta, e sim que causasse fortes chuvas, o governador de Quintana Roo, Carlos Joaquín, suspendeu as aulas desde esta sexta-feira e pediu que não se baixasse "a guarda". O coordenador da Defesa Civil mexicana, Luis Felipe Puente, recomendou que se evite a realização de "atividades aquáticas, turísticas e recreativas" no estado turístico. - Passagem devastadora pela América Central - Costa Rica, Nicarágua e Hondura, países mais atingidos pelo Nate quando ainda era uma tempestade tropical, começavam a calcular os danos, no momento em que a chuva parecia dar uma trégua. O fenômeno deixou 13 mortos na Nicarágua, 10 na Costa Rica e três em Honduras, segundo autoridades. Na Costa Rica, equipes de socorro buscavam mais de 30 desaparecidos. El Salvador registrou ontem duas mortes em consequência do Nate: uma pessoa atingida por um deslizamento de terra e outra, arrastada por um rio. Comunidades da Costa Rica e Nicarágua continuavam isoladas pela destruição de pontes, inundação de estradas, transbordamento de rios e deslizamentos de terra que destruíram casas e ruas. Em Honduras, a área mais afetada foi o sul do país. - Temporada intensa - O sudeste dos Estados Unidos foi atingido duramente em agosto por dois furacões: o Harvey, que deixou mais de 70 mortos, e o Irma, que atingiu a categoria 5 e provocou 12 mortes na Flórida. Outra tormenta poderosa, o furacão Maria, devastou parte do Caribe no fim de setembro, incluindo Dominica e Porto Rico. Ao contrário do Harvey, que despejou uma quantidade recorde de chuva sobre o Texas durante uma semana, a passagem do Nate deve ser mais rápida. Mas o governador da Louisiana, John Bel Edwards, advertiu que a mesma também poderá causar danos. No vizinho Mississipi, formavam-se filas em postos de gasolina de áreas na rota do furacão Nate. Anualmente, de junho a novembro, América Central, Caribe, México e o sudeste dos Estados Unidos enfrentam a temporada de furacões, que, em 2017, vem sendo especialmente intensa.

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