INTERNACIONAL

França e Alemanha próximas a acordo sobre zona do euro

França e Alemanha estão muito próximas de alcançar um acordo sobre a reforma da zona do euro, após meses de divisão envolvendo a questão, anunciou neste sábado o ministro francês da Fazenda, Bruno Le Maire

AFP
16/06/2018 às 22:40.
Atualizado em 28/04/2022 às 13:01

França e Alemanha estão muito próximas de alcançar um acordo sobre a reforma da zona do euro, após meses de divisão envolvendo a questão, anunciou neste sábado o ministro francês da Fazenda, Bruno Le Maire. "Um acordo está agora ao alcance da mão", declarou Le Maire no Twitter após se reunir com seu colega alemão, Olaf Scholz, na cidade de Hamburgo. O ministro acredita que um acordo definitivo será firmado no encontro previsto para a próxima terça-feira entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron. "Restam apenas dois ou três pontos importantes" por solucionar, "e estão bem identificados e limitados". "Agora caberá aos chefes de Estado ver se podem dar o último passo durante o seminário ministerial de terça-feira", disse à AFP uma fonte europeia ligada às negociações. Macron iniciou no ano passado um debate sobre a reforma da zona do euro, mas a Alemanha bloqueou a iniciativa francesa por temor de ter que pagar pelos demais países do bloco. Le Maire não deu detalhes sobre os pontos de convergência entre os dois países, mas as declarações recentes de ambos sugerem um acordo sobre a criação de um orçamento de investimentos na zona do euro. "Foram obtidos verdadeiros progressos em pontos sensíveis pendentes, em particular sobre o orçamento da zona do euro", confirmou uma fonte europeia à AFP. O orçamento para investimentos poderá ser financiado com uma taxa sobre as transações financeiras, após Berlim rejeitar taxar as empresas do setor digital, segundo a imprensa alemã. O fundo de socorro da zona do euro para os países muito endividados, o chamado Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), deve ter competências mais amplas, incluindo a concessão de empréstimos a países afetados por crises de origem externa, a exemplo da Irlanda, afetada pelo Brexit. O MEDE não receberá o nome de Fundo Monetário Europeu, como queria a Alemanha, já que a França alegou que faria sombra ao Fundo Monetário Internacional, segundo a mídia alemã. Berlim rejeitou a criação de um ministério da Fazenda ou de um Parlamento da zona do euro. França e Alemanha também discordam sobre como completar a união bancária para proteger melhor a zona do euro das crises financeiras. O governo francês defende a criação de uma garantia de depósitos comum para todos os clientes dos bancos da zona do euro, mas Berlim exige que os respectivos bancos nacionais façam seu próprio saneamento primeiro. ylf/lr

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