(Agência Brasil)
Morreu nesta sexta-feira, 23, na França, aos 81 anos, Sebastião Salgado, um dos maiores nomes da fotografia mundial. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não governamental fundada pelo fotógrafo.
"Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora", diz o texto.
Salgado nasceu em Aimorés (MG), em 9 de fevereiro de 1944 e já viajou por mais de 120 países para seus projetos fotográficos.
No ano passado, o fotógrafo já havia anunciado sua aposentadoria do trabalho de campo em entrevista ao jornal britânico The Guardian. À época, ele destacou motivos de saúde que o levaram à decisão e afirmou que seguiria com projetos em exposições.
Salgado vivia com sequelas de uma doença sanguínea causada por malária tratada inadequadamente na Indonésia e problemas na coluna causados por uma mina terrestre em Moçambique.
Ao The Guardian, ele refletiu sobre a morte. "Eu sei que não viverei muito mais. Mas eu não quero viver muito mais. Eu vivi tanto e vi tantas coisas", disse na ocasião.
O fotógrafo ficou conhecido por seu inconfundível estilo em preto e branco e por capturar a essência humana e natural em seus trabalhos. Sua carreira abrangeu décadas documentando com profundidade guerras, crises humanitárias e as belezas naturais do mundo.
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