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Flávio nega vazamento de informação

Em depoimento ao MP, o filho do presidente disse não ter sido avisado sobre operação da PF

Estadão Conteudo
Estadão Conteúdo
21/07/2020 às 09:40.
Atualizado em 28/03/2022 às 22:10

Flávio Bolsonaro disse que o denunciante - empresário Paulo Marinho - está interessado em ocupar sua cadeira no Senado, já que é seu suplente (Cedoc/RAC)

Em depoimento ao Ministério Público Federal ontem, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) negou ter recebido informações privilegiadas sobre a Operação Furna da Onça, que revelou movimentações financeiras atípicas nas contas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz e o arrastou para o centro de uma investigação criminal sobre desvios de salários de funcionários na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ele foi ouvido na condição de testemunha em seu gabinete, em Brasília, pelo procurador Eduardo Santos de Oliveira Benones, responsável pela investigação que apura declarações feitas pelo ex-aliado do governo, o empresário Paulo Marinho (PSDB), de que o filho mais velho do presidente foi previamente avisado da operação. Após o interrogatório, a advogada de Flávio, Luciana Pires, também negou o suposto vazamento. "Nunca chegou ao conhecimento do senador nenhuma informação sobre a Furna da Onça. Ele explicou ao procurador da República inclusive que ele apoiava o deputado André Corrêa, na época, à presidência da Assembleia Legislativa. E se ele soubesse de algum vazamento da Furna da Onça, obviamente não apoiaria um alvo da Furna da Onça." Luciana acusou Paulo Marinho de tentar se promover com as acusações. "Isso é mais uma invenção espetaculosa de quem provavelmente quer a suplência ou obter votos, que ele é pré-candidato à Prefeitura da cidade do Rio", disparou. Em busca de holofotes Flávio Bolsonaro disse que o empresário Paulo Marinho — suplente na chapa — está interessado em ocupar a sua cadeira. O senador afirmou que Marinho está em busca de holofotes para outro projeto político. "Parece que ele está mais interessado na minha vaga ao Senado do que em tomar conta da própria vida", declarou Flávio, ao lembrar que Marinho é pré-candidato à prefeitura do Rio pelo PSDB. "As pessoas têm de entender que, para construir sua vida política, tem de ser pelos próprios méritos, e não querendo tacar pedra nos outros". Flávio disse desconhecer qualquer vazamento de investigação e afirmou esperar que Marinho sofra as consequências de seu depoimento. "Eu espero que o Ministério Público do Rio e a Polícia Federal tomem as providências depois com relação a essas mentiras que ele inventou", observou o senador. Polícia Federal vai focar agora em delegados O Ministério Público Federal vai mirar agora delegados da Polícia Federal do Rio no inquérito que apura suposto vazamento da Operação Furna da Onça. Após o depoimento do senador Flávio Bolsonaro ontem, , o procurador Eduardo Benones afirmou que o próximo passo da investigação será ouvir agentes da corporação. "A gente vai começar a focar na Polícia Federal. Vamos começar a ouvir as pessoas que participaram da diligência", afirmou Benones. "Eu considero que, com essa oitiva de hoje, a gente vai ter um quadro melhor, um quadro do que aconteceu fora da sede da Polícia Federal. A gente quer complementar agora ouvindo os policiais federais que participaram da operação para ver se a gente chega a algum ponto positivo na investigação". Benones afirmou que devem ser ouvidos os agentes que participaram da operação e tiveram acesso aos autos da Furna da Onça, que mirou esquema de 'mensalinho' na Assembleia Legislativa do Rio. Apesar de não atingir Flávio Bolsonaro, foi a partir desta operação que o Coaf produziu o relatório que detectou as movimentações financeiras de Fabrício Queiroz.

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