desfavoráveis

Externo e interno impedem Ibovespa de subir

Estadão Conteúdo
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28/02/2019 às 11:53.
Atualizado em 05/04/2022 às 01:24

O noticiário internacional e o interno impede ganhos do Ibovespa na manhã desta quinta-feira, 28. Temores relacionados a questões geopolíticas e ao crescimento econômico continuam no foco das atenções, em meio a eventos e a uma agenda pesados. Após abrir com discreta alta, migrou para o terreno negativo, perdendo a marca dos 97 mil pontos. Às 11h10, o Ibovespa caia 0,58%, aos 96.747,26 pontos, após ceder 0,30%, aos 97.307,31 pontos, ontem.O resultado do balanço da Petrobras, que saiu de prejuízo para lucro no quarto trimestre, tenta dar algum alento, mas é insuficiente. Os investidores ainda aguardam detalhes da reunião sobre a cessão onerosa.Lá fora, o petróleo tenta se firmar em leve alta, os índices futuros das bolsas americanas e o mercado de ações na Europa, cedem, embora tenham diminuído o ritmo de recuo. "O dia não promete ser muito bom para o Ibovespa", diz um operador.O economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada, reforça que nesta quinta o dia não sugere ser muito positivo para emergentes, e que ainda não há uma dinâmica definida. Ele cita algumas questões que podem atrapalhar o Ibovespa."Tem o encontro inconclusivo de Trump Donald Trump, presidente dos EUA, incerteza comercial China/EUA que pode não ter alguma definição no curto prazo, dado fraco da economia chinesa. Ou seja, nada muito animador para emergentes", avalia Campos Neto.Na madrugada desta quinta, o presidente Donald Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, encerraram sua reunião de cúpula no Vietnã antes do previsto e não conseguiram fechar um acordo para a desnuclearização da Península Coreana. Com menos possibilidade de afetar os negócios, tem ainda o aumento das disputas entre Índia e Paquistão.Na China, um indicador do setor industrial de fevereiro ficou abaixo do esperado, reforçando a percepção de desaquecimento. Aliás, essa palavra tem incomodado não somente as grandes economias mas também os emergentes, caso do Brasil. Nesta quinta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2018, repetindo a variação de 2017. O número ficou igual ao piso das expectativas na pesquisa do Projeções Broadcast, mas muito aquém do previsto no início do ano passado."São neutros, os dados vieram mais ou menos como o esperado", pondera Campos Neto.Mais tarde, serão divulgados dados do mercado formal de trabalho do Brasil de janeiro, que tendem a reforçar a desaceleração da economia, conforme analistas. Além disso, o tema reforma da Previdência continuará no radar dos investidores.Um operador de renda variável lembra que o mercado ficará atento ainda à primeira reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de 2019, que deve tratar da cessão onerosa. Em meio ao debate sobre a reforma da Previdência, chama a atenção a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes.Conforme o operador, especula-se que o leilão do excedente do pré-sal pode ser usado para abocanhar votos para aprovação da reforma com os Estados. "É uma briga muito grande", diz.

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