O mosquito transmissor dos vírus da zika, dengue e chikungunya, foi identificado na cidade de Arica, que fica 2 mil km ao norte da capital Santiago
Campinas já soma 1.703 casos de dengue este ano (Divulgação)
Um exemplar do mosquito Aedes aegypti - transmissor dos vírus da zika, dengue e chikungunya - foi identificado na cidade de Arica (2 mil km ao norte de Santiago), no primeiro registro do vetor no Chile continental em cerca de seis décadas, informaram nesta segunda-feira (18) autoridades sanitárias. "Trata-se de um 'Aedes aegypti', o que significa que temos que tomar mais precauções", afirmou a ministra da Saúde, Carmen Castillo, ao anunciar a descoberta, a primeira identificada desde a década de 1960 no Chile continental. A funcionária destacou que "no Chile continental há experiência sanitária na erradicação do mosquito 'Aedes aegypti', que na mesma região (do país) foi erradicado com sucesso em 1963". Desde então, o mosquito não era detectado no Chile devido às fronteiras naturais do país; o deserto do Atacama, o mais árido do mundo, localizado no norte do país, a cordilheira dos Andes e o oceano Pacífico, servem como barreiras para o inseto. Na chilena ilha de Páscoa, no oceano Pacífico, a 3.500 km do continente, registrou-se a presença do mosquito, causando milhares de casos de dengue e zika. O mosquito poderia ter chegado em algum veículo vindo do exterior a Arica, cidade fronteiriça com o Peru e a Bolívia, disse a ministra. As autoridades sanitárias anunciaram a mobilização de um sistema de vigilância no norte do país, com a finalidade de identificar a presença de mais mosquitos na região. "A partir de amanhã (terça-feira) será executado um plano preventivo para estabelecer a zona em que poderia haver a presença de larvas", sendo uma das primeiras medidas para evitar deixar recipientes com água limpa parada, destacou o ministério em um comunicado. Outras medidas previstas pelas autoridades sanitárias são fumigações em zonas afetadas e uma campanha de informação sobre como evitar a propagação do vetor.