INTERNACIONAL

Ex-presidente sul-coreana condenada a 24 anos de prisão por corrupção

A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye foi condenada nesta sexta-feira a 24 anos de prisão por um escândalo de corrupção, ponto final da dramática queda em desgraça da primeira mulher eleita chefe de Estado na Coreia do Sul

AFP
06/04/2018 às 10:20.
Atualizado em 23/04/2022 às 10:00

A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye foi condenada nesta sexta-feira a 24 anos de prisão por um escândalo de corrupção, ponto final da dramática queda em desgraça da primeira mulher eleita chefe de Estado na Coreia do Sul.A sentença acaba com mais de dez meses de julgamento, no qual Park foi considerada culpada em várias acusações, entre elas abuso de poder e corrupção.Park foi destituída e detida em março de 2017 em função de uma série de suspeitas que revelaram as relações ilícitas entre o poder político e os grandes conglomerados.O juiz Kim Se-yoon afirmou que Park forçou as empresas sul-coreanas a pagar dezenas de milhões de wones (moeda sul-coreana) a duas fundações controladas por sua confidente e amiga íntima de 40 anos Choi Soon-sil em troca de favores políticos. "A acusada usou de maneira ilegal sua autoridade presidencial a pedido de Choi para obrigar as empresas a dar dinheiro para suas fundações", afirmou o magistrado."As empresa foram obrigadas a dar somas importantes de dinheiro e a acusada deixou Choi controlar as fundações quando não tinha direito de fazê-la", acrescentou.Os enormes conglomerados sul-coranos ('chaebols'), em mãos de importantes famílias e com estruturas muito complexas são o motor da economia do país.Grupos como Samsung e Hyundai tiveram um papel crucial no "milagre econômico" dos anos 1960 e 1970, que transformou um país destruído pela guerra.A filha mais velha do ditador militar Park Chung-hee chegou ao cargo de presidente apresentando-se como "incorruptível filha da nação".Park cresceu no Palácio Presidencial, onde seu pai dirigiu o país de 1961 até seu assassinato em 1979.Durante décadas foi considerada como a "princesa" política do país.- Manifestações -A queda da presidente conservadora ocorreu depois de manifestações em massa em todo o país e precipitou eleições antecipadas em maio de 2017, vencidas pelo candidato de centro-esquerda Moon Jae-in.O novo presidente contribui agora para a espetacular aproximação em curso entre as duas Coreias.A promotoria pedia 30 anos de prisão para Park, de 66 anos e que em grande parte boicotou as audiências durante os dez meses que durou seu processo, acusando o tribunal de parcialidade.Levando em conta o grande interesse que o caso gerou na Coreia do Sul, o anúncio da sentença foi transmitido ao vivo pela televisão, algo pouco comum no país.A ex-presidente, que enfrentava 18 acusações, provocou a ira de uma parte importante da população, pois o caso atiçou o sentimento popular contra os privilégios das elites e das poderosas famílias ao comando dos grandes conglomerados da 11a. primeira economia mundial.Choi, também julgada em outro processo pelo mesmo tribunal, foi condenada em fevereiro a 20 anos de prisão.Park está em prisão preventiva há um ano na prisão de Seul. Começou a boicotar o julgamento em outubro, depois que teve negada a possibilidade de ser liberada sob fiança.Desde então, se nega a receber visitas, inclusive da família, mas exceto a de seus dois advogados.Park poderá recorrer da condenação, mas continuará detida até que seja realizado um novo processo.Poderá solicitar o indulto presidencial, mas os especialistas opinam que é pouco provável que seja concedido a ela.A ex-presidente é o terceiro chefe de Estado sul-coreano a ser condenado depois de perder o mandato. jhw-amz/jac/juf/jvb-me/es/cnHYUNDAI MOTORSAMSUNG ELECTRONICS

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