Ricardo Chimirri Cândia comparece após citação, mas não fala à imprensa
O ex-diretor de Planejamento da Prefeitura de Campinas Ricardo Chimirri Cândia, um dos réus no Caso Sanasa, suposto esquema de fraudes em licitações e corrupção, maior escândalo de Campinas, foi o único a comparecer nesta quarta-feira (5) no prédio do Ministério Público (MP) para dar esclarecimentos.
Ele foi notificado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e foi interrogado por mais de duas horas.
O Gaeco investiga possível lavagem de dinheiro que teria sido feita com dinheiro de origem do Caso Sanasa. As apurações do MP apontaram que foram cerca de R$ 615,7 milhões desviados no suposto esquema. Assim como a ex-primeira-dama Rosely Nassim Jorge Santos, Cândia é um dos investigados do MP na tentativa de descobrir qual o caminho que seguiu o dinheiro desviado.
“Ricardo Cândia foi notificado para ser interrogado para dar explicações sobre as questões patrimoniais referentes a toda essa situação. Ele deu os esclarecimentos que entendeu pertinentes, na presença do advogado, e, agora, essas informações serão comparadas e cotejadas com as outras que constam nos autos”, explicou o promotor do Gaeco Amauri Silveira.
Ao sair do interrogatório, Cândia não quis dar entrevistas. Quem falou foi seu advogado, Ralph Tórtima Filho. “Foram solicitados esclarecimentos a respeito do patrimônio e das empresas das quais Ricardo é sócio e ele respondeu a cada uma delas (perguntas)”, disse.
De acordo com Tórtima, todos os bens e patrimônios estão declarados. “Não há nada que indique enriquecimento ilícito.” Sobre uma possível acareação com Hélio e outros intimados, ele disse desconhecer qualquer possibilidade. Tórtima disse que Cândia teria esclarecido quando os bens foram adquiridos e sobre as sociedades.