Os Estados Unidos aumentaram nesta quinta-feira (1) a pressão sobre a Venezuela ao anunciar sanções contra as exportações de ouro, acusando o país de ser, junto com Cuba e Nicarágua, uma "troika da tirania"
Os Estados Unidos aumentaram nesta quinta-feira (1) a pressão sobre a Venezuela ao anunciar sanções contra as exportações de ouro, acusando o país de ser, junto com Cuba e Nicarágua, uma "troika da tirania".O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, disse em um discurso em Miami que as novas sanções irão atingir o setor do ouro, que "foi utilizado como um reduto para financiar atividades ilícitas, encher seus cofres e apoiar grupos criminosos"."Hoje estou muito orgulhoso de compartilhar que o presidente (Donald) Trump assinou um decreto executivo para impor novas e duras sanções contra a Venezuela", declarou o funcionários, a menos de uma semana das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos.A Casa Branca publicou o decreto nesta quinta. Bolton explicou à imprensa que as sanções entrarão em vigor de forma imediata e que irão supor um peso "insuportável" para o governo venezuelano.Ao ser questionado sobre a possibilidade de uma intervenção na Venezuela, Bolton respondeu: "Não vejo isso acontecendo".Bolton, que sempre foi considerado um partidário da linha mais dura em política externa, denunciou Cuba, Venezuela e Nicarágua como "a troika da tirania" e disse que o presidente americano irá tomar "ações diretas contra esses três regimes".Segundo as sanções existentes, nem a Venezuela nem a petroleira estatal Pdvsa podem negociar dívida nos Estados Unidos, o que, na prática, fecha o mercado ao país. As proibições também afetam o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sua esposa, vários ministros e líderes chavistas."Sob o comando do presidente Trump, os Estados Unidos vão tomar ações diretas contra esses três regimes para defender o império da lei, da liberdade, da decência humana mínima em nossa região", afirmou Bolton no discurso.O funcionário de alto escalão disse que os Estados Unidos esperam ansiosamente "ver como cada vértice do triângulo cai: em Havana, em Caracas e em Manágua". E acrescentou que quando esse dia chegar, as pessoas da região "terão a certeza de que os Estados Unidos estão com elas contra as forças da opressão, do totalitarismo e da dominação". Em seu discurso, Bolton disse que a eleição de Jair Bolsonaro no Brasil e do conservador Iván Duque na Colômbia, que já está no poder, são "sinais positivos para o futuro da região".