INTERNACIONAL

Estudo mostra aumento de ataques de orcas a baleias-jubarte no Pacífico

Os ataques de orcas a baleias-jubarte aumentaram nos últimos anos, quando um em cada cinco filhotes foi mordido, afirmou nesta terça-feira (6) o Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais (STRI), com sede no Panamá

AFP
06/11/2018 às 20:10.
Atualizado em 05/04/2022 às 21:32

Os ataques de orcas a baleias-jubarte aumentaram nos últimos anos, quando um em cada cinco filhotes foi mordido, afirmou nesta terça-feira (6) o Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais (STRI), com sede no Panamá."As cicatrizes que foram observadas principalmente nos rabos das baleias-jubarte são, em muitos casos, resultado de encontros com orcas, conhecidas também como 'baleias assassinas'", assinala o STRI em comunicado. Segundo essa entidade, um estudo recente publicado na revista científica Endangered Species Research apresenta a análise das cicatrizes em mais de 3.000 rabos de baleias-jubarte.Os resultados do relatório "indicam que os ataques a estes gigantes podem estar aumentando".Do grupo analisado, 11,5% das baleias adultas e 19,5% dos filhotes mostravam cicatrizes de mordidas de orcas.As orcas podem se alimentar de mais de 20 espécies diferentes de peixes, aves marinhas e cetáceos, entre eles lobos-marinhos.Os pesquisadores concluíram que os animais jovens "são o alvo preferido das orcas", diz o STRI.Os cientistas consideram que as orcas atacam principalmente as crias durante o período de reprodução nos trópicos e durante a sua primeira migração. "Acreditamos que os ataques das orcas às baleias-jubarte podem ser mais comuns agora", indicou Juan Capella, autor e biólogo marinho da organização científica Whalesound no Chile.Esse aumento pode ser devido "à recuperação das populações reprodutoras no sudeste do Pacífico após a proibição da caça dessas baleias", acrescentou Capella.A equipe de cientistas estudou fotos de baleias coletadas desde 1985 em áreas de reprodução tropicais e pouco profundas das Ilhas Pérola no Panamá, Ilha Gorgona e Baía de Málaga na Colômbia, e Salinas e Machalilla no Equador. Também estudaram as áreas de alimentação em águas frias do Estreito de Magalhães, no Chile, e do Estreito de Gerlache, na Península Antártica Ocidental.jjr/mas/lp/cb

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