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Estiagem começa com Cantareira cheio

Novas regras do sistema começarão a vigorar a partir do 31 de maio, com a renovação da outorga para a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp)

Maria Teresa Costa
01/05/2017 às 15:29.
Atualizado em 22/04/2022 às 19:35
Conforme dados da Sabesp, não houve ocorrência de chuvas nas últimas 24 horas nas represas que formam o sistema Cantareira  (Nilton Cardin/Estadão Conteúdo)

Conforme dados da Sabesp, não houve ocorrência de chuvas nas últimas 24 horas nas represas que formam o sistema Cantareira (Nilton Cardin/Estadão Conteúdo)

O Sistema Cantareira entra o período de estiagem armazeando 927 bilhões litros de água, que correspondem a 65,2% da capacidade útil dos reservatórios. É o maior volume de água armazenado desde 2012 no mês de maio, quando a reserva útil correspondia a 73,4%. Nesse período, o ano mais crítico foi 2015, quando as barragens enfrentaram a crise hídrica e foi preciso utilizar o volume morto para garantir o abastecimento da região de Campinas e Grande São Paulo. Em 1º de maio de 2015, o volume útil estava no negativo, em 9,4%. Novas regras do sistema começarão a vigorar a partir do 31 de maio, com a renovação da outorga para a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp). O volume de água que será liberado do Sistema Cantareira para a região de Campinas, a partir do final do mês de junho, quando começam a vigorar novas regras de operação do sistema, vai depender do volume de chuvas que ocorrer nos rios das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Menos chuva nas bacias, vem mais água do Cantareira, mais chuva, menor liberação do sistema. O maior avanço nas novas regras operativas, que começam a valer com a renovação da outorga, é que a região terá garantia de água, especialmente na seca. Nas novas regras, os reservatórios passarão a ser operados por faixas. Serão quatro: normal, atenção, alerta, restrição e especial, cada uma relacionada a um percentual de água armazenada nas represas e com operação diferenciada para os períodos secos e úmidos. Entre 1ºde dezembro e 31 de maio, época de chuva, a região terá a garantia de uma vazão média móvel de sete dias consecutivos mínima de 12 metros cúbicos por segundo (m³/s) no posto de controle do Rio Atibaia em Valinhos e de 2,5m³/s em Buenópolis, no Rio Jaguari, se os reservatórios estiverem operando nas faixas normal e atenção. Nas faixas de alerta e restrição, a vazão mínima no Atibaia será de 11m³/s e de 2m³/s no Jaguari. Já no período seco, entre 1º de junho e 30 de novembro, será garantida uma vazão de 10m³/s, equivalente a um volume de 158,1 bilhões de litros, a ser liberada do Sistema Cantareira para a região se os reservatórios estiverem operando nas faixas normal, atenção, alerta e restrição. Mas, independente do período do ano, se os reservatórios entrarem na faixa especial, operando abaixo de 20% da capacidade de volume útil, será mantida uma vazão mínima meta de 10m³/s no posto de controle Captação de Valinhos, no rio Atibaia, e de 2m³/s no posto de controle de Buenópolis, no Rio Jaguari. Com essas garantias, o abastecimento de Campinas fica garantido.

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