ANTÁRTIDA

Espermatozoide de 50 milhões de anos é encontrado

Esse espermatozoide pertence a família que inclui minhocas, segundo pesquisadores do Museu Sueco de História Nacional

Da Agência Anhanguera de Notícias
16/07/2015 às 12:58.
Atualizado em 28/04/2022 às 16:54
Espermatozoide ( Reprodução)

Espermatozoide ( Reprodução)

Pesquisadores do Museu Sueco de História Nacional descobriram um espermatozoide animal de 50 milhões de anos, o mais antigo já encontrado. A descoberta foi num casulo na Antártida. O espermatozoide pertence a uma família que inclui minhocas e sanguessugas, segundo os cientistas. Acredita-se que a descoberta, divulgada na publicação Biology Letters, seja 10 milhões de anos mais velha que o registro anterior. Cientistas dizem que o esperma fóssil Clitellata é muito parecido com o esperma de vermes de lagostas, que se alimentam de matérias encontradas na parte externa do corpo do animal."Pode parecer que (a amostra) esteja preservada em detalhes perfeitos mas, no final, a estrutura em si está fossilizada", disse o paleontologista Benjamin Bomfleur, da equipe que fez a descoberta."Temos a forma exterior e a forma das células do espermatozoide preservadas. Podemos até ter uma formação anatômica interna das células do espermatozoide ainda preservada, mas não temos certeza sobre isso ainda.""Mas, mesmo se a anatomia estiver preservada, o material que o compõe está alterado, então não é o material orgânico original que compõe o esperma passado dos animais."A descoberta foi feita por acaso por Stephen McLoughlin, que integra a equipe de Bomfleur, enquanto ele analisava amostras de rochas da Antártida. Segundo Bomfleur, ambos já haviam estudado casulos fossilizados e sabiam que eles poderiam conter micro-organismos."Analisamos os casulos com cuidado e os analisamos através de diferentes métodos microscópicos para ver se há alguma coisa dentro", diz. "Mas foi uma surpresa encontrar esperma." A equipe quer, agora, analisar mais exames de casulos antigos, na perspectiva de que descobertas semelhantes podem ser feitas."Acreditamos que levantamentos de casulos antigos podem abrir uma janela única para a história evolutiva de uma gama de micro-organismos invertebrados que não têm registro fóssil", diz o artigo.

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