Enviado especial dos EUA para Coreia do Norte retorna a Seul

O enviado especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte voltou para Seul nesta sexta-feira (8), depois de três dias de reuniões com autoridades norte-coreanas em Pyongyang, em meio à preparação para a segunda cúpula entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.Especula-se que, em sua viagem de três dias à Coreia do Sul, Stephen Biegun tenha explorado vários temas ligados à desnuclearização na antessala da cúpula de 27 e 28 de fevereiro, no Vietnã.Biegun aterrissou na base da Força Aérea americana de Osan nesta sexta à tarde, disse um porta-voz do Ministério sul-coreano das Relações Exteriores, Noh Kyu-duk, à AFP.Ainda não se sabe se Biegun se reuniu com Kim. A imprensa norte-coreana não cobriu esta visita. Espera-se que, no sábado, compartilhe os resultados de sua viagem com seu homólogo sul-coreano, Lee Do-hoon, e com o chanceler Kang Kyung-wha.Sobre a mesa estão as eventuais concessões americanas de suspender algumas sanções econômicas em troca de passos concretos da Coreia do Norte rumo à desnuclearização.Também estaria na pauta a questão do fim da Guerra da Coreia. Na semana passada, Biegun disse que Trump está "pronto para terminar esta guerra".O conflito de três anos (1950-1953) terminou com um armistício e não se assinou um tratado de paz. As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, e os Estados Unidos mantêm 28.500 soldados no sul.Além dos preparativos da cúpula, Biegun e seu colega norte-coreano, Kim Hyok-chol, verão modos de "avançar ainda mais nos compromissos" que Trump e Kim assumiram em sua primeira cúpula, em 12 de junho passado, em Singapura. De acordo com o Departamento de Estado americano, em nota divulgada antes da viagem de Biegun, esses compromissos são "completar a desnuclearização, transformar as relações EUA-RPDC e construir uma paz duradoura na Península Coreana".Depois de sua primeira cúpula, Trump e Kim firmaram um documento, no qual o líder norte-coreano se mostrou disposto a trabalhar para "a desnuclearização da península coreana".As negociações não avançaram desde então, já que Washington e Pyongyang não chegam a um acordo sobre o significado real dessa declaração.kjk/mtp/pa/eg/tt