INTERNACIONAL

Emirados Árabes Unidos condenam britânico à prisão perpétua por espionagem

O britânico Matthew Hedges foi condenado nesta quarta-feira pelo tribunal federal de Abu Dhabi à prisão perpétua por espionagem, anunciou um porta-voz da família, ao mesmo tempo que Londres afirmou que estava "profundamente chocado" com a sentença

AFP
21/11/2018 às 11:30.
Atualizado em 05/04/2022 às 23:58

O britânico Matthew Hedges foi condenado nesta quarta-feira pelo tribunal federal de Abu Dhabi à prisão perpétua por espionagem, anunciou um porta-voz da família, ao mesmo tempo que Londres afirmou que estava "profundamente chocado" com a sentença. O doutorando da Universidade de Durham, noroeste da Inglaterra, foi detido no aeroporto de Dubai em 5 de maio, depois de desembarcar nos Emirados Árabes Unidos para fazer entrevistas sobre a política externa e a estratégia de segurança do país."Podemos confirmar que foi condenado à prisão perpétua", declarou a fonte, entrevistada por telefone pela AFP."O julgamento durou menos de cinco minutos e o advogado não estava presente", completou, sob a condição de anonimato. De acordo com a imprensa local, Hedges tem prazo de 30 dias para apelar contra a decisão do tribunal. "Estou profundamente chocado e decepcionado", afirmou o ministro britânico das Relações Exteriores, Jeremy Hunt."Este veredicto não é o que esperávamos de um amigo e sócio de confiança do Reino Unido e vai contra as garantias recebidas", disse Hunt, que destacou ter mencionado o caso de Matthew Hedges ao príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohamed ben Zayed.Em outubro, o procurador-geral dos Emirados, Hamad Al Shamsi, anunciou que Matthew Hedges deveria ser julgado em Abu Dhabi por "acusações de espionagem para um país estrangeiro, colocando em perigo a segurança militar, política e econômica do Estado". Shamsi disse que o britânico utilizou o status de pesquisador como desculpa e as acusações contra Hedges são baseadas em "provas". O britânico foi libertado de maneira provisória em 29 de outubro com uma tornozeleira eletrônica. "Espero sobretudo que se faça justiça e que Matt receba a legítima liberdade, que foi negada durante os últimos seis meses", afirmou Hunt em um comunicado. mah/mh/mer/sag/pc/fp

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