FUNERAL DE GEORGE FLOYD

Em cerimônia ativista pede responsabilização

O reverendo e ativista Al Sharpton disse em uma homenagem a George Floyd, que chegou a hora de a polícia ser responsabilizada

France Press
05/06/2020 às 08:11.
Atualizado em 29/03/2022 às 10:17

O reverendo e ativista Al Sharpton disse ontem em uma homenagem a George Floyd, o cidadão negro morto por um policial branco, que chegou a hora de a polícia ser responsabilizada e garantir que sua morte não será em vão.  "Chegou a hora de o sistema de justiça criminal prestar contas", disse o ativista e reverendo batista em uma cerimônia em Minneapolis. "George, você mudou o mundo", acrescentou. Já o advogado da família, Ben Crump, afirmou que Floyd, morreu vítima da "pandemia de racismo e discriminação". O advogado deu a declaração depois que a autópsia de Floyd confirmou sua morte por asfixia e revelou que ele havia sido infectado pelo coronavírus. A cerimônia em Minneapolis para se despedir de George Floyd, reuniu dezenas de personalidades, dentre elas Martin Luther King Terceiro, neto do ativista negro americano, Martin Luther King Jr., que se tornou símbolo da luta contra o racismo. A morte de Floyd desencadeou um movimento de protesto que não se via há décadas nos Estados Unidos. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ontem que "o assassinato de George Floyd é uma coisa terrível. O racismo é uma coisa terrível. A sociedade americana está altamente polarizada", opinou. "O racismo sempre existiu. E, infelizmente, também é o caso aqui (na Alemanha)", acrescentou.  A onda de protestos - que ocorre cinco meses antes da eleição e em meio à pandemia de coronavírus - se intensificou na segunda-feira, quando o presidente Donald Trump ameaçou mobilizar o Exército para restaurar a ordem, depois que protestos pacíficos durante o dia terminaram em distúrbios noturnos. Os distúrbios forçaram muitas cidades a declararem toque de recolher, e 10.000 pessoas foram presas em todo país, de acordo com a imprensa local. Não há balanço de mortos, ou feridos, porque alguns incidentes à margem dos protestos ainda estão sendo investigados. Na quarta-feira, os promotores responsáveis pelo caso em Minnesota endureceram as acusações contra Derek Chauvin, que, na semana passada, foi acusado de homicídio culposo. Agora, ele também será processado por homicídio sem premeditação, uma acusação que se soma às já existentes e acarreta penas mais severas. Se condenado, pode pegar até quatro décadas de prisão, embora nos Estados Unidos haja poucos casos de condenação contra policiais.

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