TERRORISMO

EI reivindica atentado suicida anti-xiita

As autoridades ainda não informaram o número de vítimas deste atentado, mas militantes xiitas e testemunhas citam diferentes balanços que variam de quatro a 22 mortos e muitos feridos.

France Press
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22/05/2015 às 15:37.
Atualizado em 23/04/2022 às 12:55

Um ataque suicida cometido nesta sexta-feira em uma mesquita xiita no leste da Arábia Saudita, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico, deixou vários mortos e feridos no leste do reino.As autoridades ainda não informaram o número de vítimas deste atentado, mas militantes xiitas e testemunhas citam diferentes balanços que variam de quatro a 22 mortos e muitos feridos."Um homem detonou uma bomba que usava sob suas roupas durante as orações de sexta-feira na mesquita Ali Ibn Abi Taleb em Kudeih, uma cidade na província de Qatif", declarou o porta-voz do ministério. Citado pela agência oficial de notícias SPA.Os serviços de resgate levaram os feridos para hospitais da região e o ataque está sendo investigado, segundo o porta-voz.Ele reiterou a determinação dos serviços do ministério de "capturar qualquer um envolvido neste crime terrorista perpetrado por pessoas que procuram minar a unidade nacional.Em um comunicado postado em sites islamitas, o EI afirma que os "soldados do califado na província de Najd (Arábia Saudita)" são responsáveis pelo ataque, indicando que um suicida acionou seu cinto de explosivos no interior da mesquita.O grupo também publicou uma foto do autor do ataque, identificado como Abu Amer Al-Najdi.O comunicado promete aos xiitas "dias sombrios" até que os "soldados do EI os expulsem da península arábica".O EI, um grupo extremista sunita, execra a comunidade xiita, alvo regular de seus ataques principalmente no Iraque, onde conquistou vastos territórios.Kudeih está localizada ao norte da cidade de Qatif, no coração da Província Oriental, uma região petrolífera, onde a minoria xiita está concentrada.O xiitas reclamam de discriminação em um reino predominantemente sunita e que aplica uma versão rigorosa do Islã.O Mufti da Arábia Saudita, maior dignitário do clérigo sunita, xeque Abdul Aziz bin Abdullah Al-Sheikh, falou ao vivo na televisão estatal Al-Ekhbariya para denunciar o ataque: "Este é um ato criminoso destinado a abrir um fosso entre os filhos da nação (...) e a propagar distúrbios em nosso país". Sombra do EI Sites de informação do leste da Arábia Saudita e versões online de jornais nacionais publicaram fotos dos corpos das vítimas banhados de sangue.O site do jornal Arryadh postou fotos de tapetes de oração encharcados de sangue e o teto da mesquita que desabou parcialmente na explosão.Testemunhas haviam afirmado, inicialmente, que o homem-bomba era um paquistanês, mas outras falaram de uma pessoa vestida como um afegão, mas sem poder dizer se era um saudita ou não.De acordo com um ativista xiita, o hospital de Qatif lançou um apelo por doações de sangue.As autoridades sauditas têm multiplicado nos últimos meses as prisões de extremistas sunitas suspeitos de planejar ataques para atiçar as tensões sectárias no país.Em novembro, homens armados mataram sete xiitas, incluindo crianças, na cidade de Al-Dalwa (leste), durante a celebração do luto xiita da Ashura.Quatro homens participaram no ataque. Pouco antes, eles atiraram em um homem em uma aldeia vizinha e usaram seu carro para o atentado.No mês passado, as autoridades anunciaram o desmantelamento de uma célula de 65 pessoas suspeita de ligações com o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e que planejava realizar ataques para "inflamar as tensões sectárias."Desde 2011, a Província Oriental registrou ataques esporádicos contra as forças de segurança e protestos que fizeram vinte mortos.

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