Interrogados são acusados de tentar invadir o quartel-general da Guarda Republicana do Egito
Cerca de 650 pessoas começaram a ser interrogadas pelas autoridades egípcias nesta terça-feira, após o episódio de violência que causou mais de 50 mortes no Cairo durante uma manifestação pró-Mursi, indicou uma fonte judicial à AFP. Eles são acusados de tentar invadir o quartel-general da Guarda Republicana, segundo a mesma fonte.
O ataque pelas forças de segurança contra os manifestantes tem sido descrito como um "massacre" pela Irmandade Muçulmana, movimento ao qual pertence o presidente deposto Mohamed Mursi. De acordo com a Irmandade "soldados" e "policiais" dispararam indiscriminadamente contra a multidão.
O Exército, citado pelo jornal estatal Al-Ahram, deu outra versão, argumentando que "terroristas armados" atacaram a sede da Guarda Republicana.
"Não foi um protesto pacífico", os partidários de Mursi portavam "armas e pistolas", indicou por sua vez o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Badr Abdelatty.
O presidente interino Mansour Adly ordenou na segunda-feira a abertura de uma investigação para apurar os fatos.