O governo colombiano fortalecerá a perseguição ao Exército de Libertação Nacional (ELN) mediante boas recompensas por informações sobre o paradeiro da cúpula do grupo rebelde, que chega a 1,3 milhão de dólares
O governo colombiano fortalecerá a perseguição ao Exército de Libertação Nacional (ELN) mediante boas recompensas por informações sobre o paradeiro da cúpula do grupo rebelde, que chega a 1,3 milhão de dólares."Não vamos permitir uma só humilhação mais do ELN", advertiu o presidente Iván Duque, nesta sexta-feira (1), durante uma reunião com governadores no município de San Agustín (sudoeste).Última guerrilha ativa no país, o ELN se tornou o inimigo número um do governo depois do atentado com um carro-bomba contra uma academia policial, que deixou 21 mortos, além do agressor.O grupo insurgente reivindicou este ataque cometido em 17 de janeiro como uma "operação lícita" dentro da "guerra" que trava contra o Estado há mais de meio século.Em resposta, Duque rompeu o processo de paz iniciado por seu antecessor em 2017 e pressiona Cuba para que entregue os negociadores rebeldes que esperavam em Havana a reativação das conversas.O presidente ofereceu 4 bilhões de pesos (1,3 milhão de dólares) por informações que levem a Nicolás Rodríguez Bautista (Gabino), Eliécer Chamorro (Antonio García) e Gustavo Giraldo (Pablito), três dos chefes máximos do grupo.Duque assinalou que a ofensiva quer tornar "visíveis" os comandantes guerrilheiros - vários dos quais se escondem na Venezuela, segundo a Inteligência militar - e dar um "estímulo aos que estão dentro dessas organizações e querem deixar a violência e contribuir entregando seus líderes".O governo redobrou a campanha contra o ELN em meio a uma onda de assassinatos seletivos de líderes sociais que, segundo a Procuradoria, envolve essa guerrilha, dissidentes das Farc e organizações do narcotráfico.Além das recompensas por informações do ELN, o governo ofereceu dinheiro por chegar ao paradeiro de líderes de outros grupos armados que tentam ocupar o espaço deixado pelos rebeldes das Farc após o acordo de paz.