ao governo de SP

Doria tem 53% dos votos válidos e França, 47%

Considerando os votos totais, quando são contabilizados brancos e nulos, Doria tem 46% e França, 41%

Estadão Conteúdo
23/10/2018 às 19:31.
Atualizado em 06/04/2022 às 00:50

Os candidatos ao governo de São Paulo João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) estão empatados no limite da margem de erro, aponta a mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada na tarde desta terça-feira, 23. O tucano tem 53% dos votos válidos - oscilação de um ponto para cima em relação ao levantamento anterior, do dia 17 de outubro. França, por sua vez, oscilou um para baixo e aparece com 47%. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. Considerando os votos totais, quando são contabilizados brancos e nulos, Doria tem 46% e França, 41%. O resultado é praticamente o mesmo da pesquisa anterior: a única diferença é que o candidato do PSB oscilou um ponto para baixo. Brancos e nulos chegaram a 11%; 3% dos entrevistados disseram que anulariam o voto. Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem antes de ler as opções de nomes de candidatos, Doria e França também estão tecnicamente empatados. O ex-prefeito de São Paulo tem 32% e o atual governador do Estado está com 29%. Na pesquisa anterior, o tucano aparecia com 28% das intenções de voto e o candidato do PSB tinha 26%. Apesar do empate, quando questionados sobre quem será o próximo governador, independentemente da intenção do eleitor, a maioria respondeu que Doria ocupará o cargo, com 55%, ante 31% que apontaram o nome de França. O levantamento mostra ainda que 14% não sabem ou optaram por não responder. Rejeição O levantamento do Ibope também aponta que a rejeição de Doria é a maior - 34% afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum. A taxa oscilou para cima em dois pontos em relação à pesquisa anterior. A de França subiu sete pontos e está em 27%. A rejeição ao tucano é maior se considerada somente a cidade de São Paulo, onde ele foi eleito em primeiro turno para o cargo de prefeito em 2016, e deixou o posto em abril deste ano para disputar o governo do Estado. Na capital, 48% dos eleitores afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum, ante 25% no interior. França não tem diferenças significativas de rejeição entre capital e interior - a taxa oscila entre 27% e 29%. Por causa dessa diferença da rejeição de Doria entre capital e interior, o candidato do PSB venceria a disputa se ela ocorresse somente na capital: 59% a 41% dos votos válidos. Já se considerados somente os municípios do interior, o resultado seria 60% para o tucano e 40% para França. A pesquisa foi realizada nos dias 20 a 23 de outubro de 2018. Foram entrevistados 1.512 eleitores em 78 cidades. A margem de erro máxima estimada é de três pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O levantamento foi contratado pelo Estado e pela TV Globo e está registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) sob o protocolo SP-00150/2018 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-06889/2018. / COLABORARAM CECÍLIA DO LADO e CAIQUE ALENCAR, ESPECIAL PARA AE Após encontros polêmicos, Doria e França evitam ataques em debate Os candidatos ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) realizaram um debate mais 'propositivo' na noite desta terça-feira, 23, no SBT, deixando de lado o tom beligerante dos encontros anteriores neste segundo turno na Band e na RedeTV!. Doria foi o primeiro a estender a mão. No início do encontro, ele disse ter certeza que o debate seria "altivo, propositivo, valorizando a proposta dos dois candidatos". França consentiu. O primeiro bloco discorreu sem embates, com discussões cordiais - e até concordâncias - de propostas sobre ampliação de creches, saúde, saneamento básico e segurança pública. França ressaltou a experiência administrativa, único momento em que, no primeiro bloco, houve uma alfinetada. "Eu fui prefeito da minha cidade, cumpri meus dois mandatos", disse. Doria não reagiu e propôs programas para a saúde - como ampliar o Corujão da Saúde e a criação do Remédio Rápido. Ao reivindicarem a paternidade do programa "Empreenda Fácil", Doria chegou a declarar: "Não quero aqui estabelecer a discórdia, mas o empreenda fácil nós estabelecemos conjuntamente". França disse não ver problemas em ceder ideias a prefeituras. As manifestações da plateia, marca dos debates anteriores, foram contidas logo no início. O mediador do encontro, Carlos Nascimento, comentou que as intervenções do público presente nos encontros passados "ultrapassaram o limite do razoável". Após Doria responder à primeira pergunta, a claque tucana ensaiou uma salva de palmas e foi logo interpelada por Nascimento. "Manifestações da plateia não estão previstas no script. Não queremos ser mal-educados e retirar as pessoas", afirmou. Vídeo Ao responder pergunta de uma jornalista, Doria condenou mais uma vez um vídeo de sexo que circula nas redes sociais atribuído a ele. O vídeo começou a circular no meio desta tarde e, em pouco tempo, impulsionou a hashtag #doria para o topo da lista de assuntos mais comentados do Twitter em todo o mundo. No debate, Doria pediu novamente medidas judiciais para descobrir "quem foi o responsável por isso", a exemplo do que fez em vídeo mais cedo divulgado no Twitter. "Não imaginaria que a campanha chegaria a este nível", afirmou. O tucano também disse que não fazia qualquer acusação ao adversário na disputa, o candidato à reeleição Márcio França e disse repudiar "fake news" sobre qualquer pessoa, independente do partido - citando até os concorrentes ao Planalto neste segundo turno Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Doria também comentou que acredita que a "legislação eleitoral brasileira precisa mudar" em relação ao uso de redes sociais.

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