TURBULÊNCIA

Dólar tem maior alta diária em 5 meses; bolsa recua

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (15) com alta de 3,02%; o índice Ibovespa fechou a sessão em baixa de 3,56%, aos 47.130 pontos

Agência Brasil
15/03/2016 às 18:04.
Atualizado em 23/04/2022 às 01:37
A cotação fechou no valor mais baixo desde 8 de novembro (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

A cotação fechou no valor mais baixo desde 8 de novembro (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Em um dia de instabilidades políticas, a moeda norte-americana teve a maior alta em cinco meses. A bolsa de valores teve o maior recuo em 40 dias. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (15) vendido a R$ 3,763, com alta de R$ 0,111 (3,02%). Essa foi a maior alta diária desde 13 de outubro do ano passado, quando a cotação tinha subido 3,58% (R$ 0,13). Na bolsa de valores, o dia também foi de turbulência. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sessão em baixa de 3,56%, aos 47.130 pontos. Essa foi a maior queda diária desde 2 de fevereiro, quando o indicador tinha caído 4,87%. O dólar operou em alta durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 11h30, chegou a ser vendido a R$ 3,66, perto da estabilidade. Nas horas seguintes, no entanto, a cotação disparou, depois da divulgação do conteúdo da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS) e em meio a notícias não confirmadas de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou assumir um ministério. Delcídio pediu hoje desfiliação do PT. A bolsa de valores operou em baixa durante todo o dia. No entanto, após a divulgação da delação premiada o Ibovespa ampliou a queda. As ações da Petrobras, as mais negociadas, tiveram forte recuo. Os papéis ordinários (que dão direito a voto em assembleia de acionistas) caíram 6,6%, para R$ 8,91. Os papéis preferenciais (que dão preferência na distribuição de dividendos) despencaram 10,68%, para R$ 6,61. Além da instabilidade interna, o cenário internacional contribuiu para o desempenho do mercado financeiro. A queda do preço das commodities – bens primários com cotação internacional – fez as principais bolsas de valores do mundo fechar em queda. Por causa da desaceleração da economia chinesa, que em 2015 teve o menor crescimento em 25 anos, o preço das commodities tem caído significativamente nos últimos meses. Nas duas últimas semanas, as cotações internacionais de minérios e de produtos agrícolas chegaram a subir, mas os preços reverteram a trajetória e voltaram a recuar. O desempenho da economia chinesa prejudica países exportadores de commodities, como o Brasil. Com menos dólares de exportações entrando no país, a cotação do dólar é pressionada para cima.

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