Dois russos morreram no dia 7 de fevereiro na região síria de Deir Ezzor (leste), que foi alvo nesse dia de ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, anunciaram nesta segunda-feira um grupo paramilitar russo e uma organização nacionalista
Dois russos morreram no dia 7 de fevereiro na região síria de Deir Ezzor (leste), que foi alvo nesse dia de ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, anunciaram nesta segunda-feira um grupo paramilitar russo e uma organização nacionalista. Vladimir Loguinov "morreu em uma batalha desigual na região de Deir Ezzor", declarou em um comunicado a União Cossaque do Báltico, com sede em Kaliningrado, um enclave russo encravado entre a Polônia e os países bálticos.Originário de Kaliningrado, este homem de 52 anos "defendia heroicamente a nossa pátria nestes confins contra loucos selvagens", quando foi morto em 7 de fevereiro, de acordo com o comunicado.À frente da União Cossaque do Báltico, Maxime Bouga disse à AFP, por telefone, que não conhecia as circunstâncias da morte deste engenheiro militar que trabalhava como "voluntário" desde o outono de 2017 na Síria.Loguinov foi "certamente pago" por este trabalho, acrescentou Bouga, sem especificar por quem.Um segundo russo, Kirill Ananiev, também foi morto em 7 de fevereiro, "em uma batalha nas margens do Eufrates", de acordo com a organização nacionalista Drougaya Rossya ("Outra Rússia"), que emitiu uma declaração acompanhada por uma foto na rede social russa Vkontakte.A coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardeou Deir Ezzor em 7 de fevereiro, matando pelo menos 100 combatentes das forças leais ao regime de Bashar Al-Assad em resposta a um ataque à sede de uma coalizão árabe-curda apoiada por Washington. Após esse ataque, o ministério da Defesa russo garantiu que não havia "militares russos em Deir Ezzor".A imprensa russa, no entanto, salienta que muitos russos estão combatendo na Síria como mercenários, incluindo para uma empresa militar privada chamada "Grupo Wagner".Nesta segunda-feira, em um comunicado publicado no Facebook, o presidente do Partido Liberal, Grigory Yavlinsky, pediu a Vladimir Putin que "esclareça a situação", chamando a falta de negação oficial sobre a possível morte e presença de paramilitares russos na Síria como "inaceitável".Pelo menos três outros russos morreram em Deir Ezzor no dia 7 de fevereiro, em ataques da coalizão antijihadista, segundo a Conflict Intelligence Team (CIT), um grupo de analistas que acompanha o envolvimento da Rússia na Síria nas redes sociais.A Rússia interveio militarmente na Síria em setembro de 2015 em apoio ao Exército de Assad. Em dezembro, Vladimir Putin ordenou a retirada parcial de suas tropas da Síria.ma/tbm/all/gmo/bds/sg/mr