ATAQUE

Diplomacia não deve impedir ação na Síria

Haverá confronto, caso fique provado que país utilizou armas químicas contra os rebeldes

Da France Press
27/08/2013 às 20:06.
Atualizado em 25/04/2022 às 04:04
O primeiro-ministro britânico, David Cameron (France Presse)

O primeiro-ministro britânico, David Cameron (France Presse)

A paralisia diplomática não deve impedir que se leve adiante uma ação internacional contra o regime sírio caso fique provado que utilizou armas químicas contra os rebeldes, afirma o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, em artigo publicado no jornal Daily Telegraph. Hague repete assim a posição do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que estimou que qualquer ação deve servir para enviar uma mensagem ao mundo de que o uso de armas químicas jamais ficará impune. "Não se trata apenas de um país ou de um conflito, não podemos nos permitir um relaxamento na proibição global do uso de armas químicas", adverte Hague. Grã-Bretanha, França e Estados Unidos apontam o regime do presidente Bashar al-Assad como o responsável pelo ataque com armas químicas que matou centenas de civis na região de Damasco, na semana passada. Hague destaca a "crescente normalização" do uso deste tipo de arma e pede ao Conselho de Segurança da ONU que "assuma suas responsabilidades condenando estes fatos e convocando uma resposta internacional sólida". "Todas as tentativas prévias para conseguir que o Conselho de Segurança atue na Síria foram bloqueadas e não podemos permitir que a paralisia diplomática seja escudo para os que cometem estes crimes". A Rússia, aliada da Síria e com poder de veto no Conselho de Segurança, já advertiu Washington e seus aliados contra qualquer ação militar no território sírio. A falta de ação minaria "décadas de trabalho duro para se construir um regime internacional de normas e controles, supervisionado pela ONU, para prevenir o uso de armas químicas e destruir os arsenais", adverte Hague. O ministro admite que qualquer ação "não estará isenta de risco", mas "o risco de não agir é maior".

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