LUTO

Dilma cancela viagem à Argentina por causa de morte de Chávez

A presidenta iria a El Calafate para reuniões bilaterais com a presidenta argentina, Cristina Kirchner

Agência Brasil, Agência Estado e France Press
06/03/2013 às 09:54.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:00
Dilma e Cristina devem comparecer ao velório de Chávez (Agência Brasil)

Dilma e Cristina devem comparecer ao velório de Chávez (Agência Brasil)

Por causa da morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a presidenta Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria à Argentina na próxima quinta-feira (7). A presidenta iria a El Calafate para reuniões bilaterais com a presidenta argentina, Cristina . O governo da Argentina também confirma o cancelamento das reuniões.

A presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de seu colega venezuelano, Hugo Chávez, um "grande latino-americano" e "amigo do Brasil", que deixa um vazio na região.

"Reconhecemos um grande líder, uma perda irreparável, especialmente de um amigo do Brasil", disse Dilma ao pedir um minuto de silêncio durante um ato com líderes rurais em Brasília.

Dilma e Cristina devem comparecer ao velório de Chávez. Cristina Kirchner também suspendeu toda a programação oficial de hoje (5), após o anúncio da morte de Chávez. A presidenta argentina tinha planejado anunciar investimentos na educação, que foi cancelado de última hora.

O governo venezuelano ainda não divulgou informações sobre as últimas homenagens ao presidente e sobre o enterro. Chávez morreu hoje (5) em Caracas, aos 58 anos, vítima de complicações de um câncer na região pélvica. As últimas fotos de Chávez, divulgadas há duas semanas, mostravam-no ao lado das filhas no hospital. A morte de Chávez foi anunciada pelo vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão.

Em outubro do ano passado, Chávez foi reeleito para o período 2013-2019.

REDES SOCIAIS

Políticos brasileiros simpáticos ao presidente Hugo Chávez usaram o Twitter para lamentar a morte do venezuelano. Manifestando solidariedade ao povo venezuelano, parlamentares de esquerda exaltaram a liderança de Chávez.

"Minha solidariedade ao povo venezuelano. Que todo o processo de eleição e transição seja marcado pelo respeito e paz, sem golpismo", disse a deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) em seu perfil. Para o presidente da Embratur, Flávio Dino, Chávez "está com Deus e na história".

"Hugo Chávez entra para história como herói venezuelano e grande líder na América do Sul", afirmou o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). "O povo, ao lado de Nicolas Maduro, assume a tarefa de continuar a construção socialista iniciada por Chávez", completou. "O mundo perdeu um revolucionário. A luta continua!", comentou o vereador de São Paulo Orlando Silva (PCdoB).

Pelo PT, uma das primeiras manifestações foi do senador Humberto Costa (PE). "A América do Sul, não só a Venezuela, acaba de perder um líder", disse o senador, destacando o esforço do venezuelano em promover o bem-estar social e a luta contra o "abismo de desigualdades" naquele país. "Hugo Chávez também contribuiu muito para a unidade e a independência de nosso continente", emendou.

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