INTERNACIONAL

Díaz-Canel considera mensagem de Trump a Cuba 'ameaçadora'

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, considerou nesta terça-feira a mensagem de Donald Trump "ameaçadora" e "manipuladora"

AFP
21/05/2019 às 13:20.
Atualizado em 03/04/2022 às 20:28

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, considerou nesta terça-feira a mensagem de Donald Trump "ameaçadora" e "manipuladora". O americano tinha feito um tuíte provocador na véspera, data de uma polêmica efeméride em Cuba, prometendo apoio para levar "liberdade" à ilha."Trump, aferrado à tradição intervencionista dos EUA, emitiu uma mensagem ameaçadora, manipuladora e sem vergonha contra Cuba, ontem, 20 de maio, data da proclamação da república neocolonial", afirmou Díaz-Canel em sua conta no Twitter.Na segunda, o presidente americano tinha escrito na mesma plataforma que, no Dia da Independência de Cuba, apoiava o povo cubano "em sua busca pela liberdade, democracia e prosperidade. O regime cubano deve dar fim à repressão de cubanos e venezuelanos". "Os Estados Unidos não ficarão de braços cruzados enquanto Cuba continua subvertendo a democracia nas Américas", acrescentou Trump. A data de 20 de maio de 1902 marca o fim da ocupação dos EUA na ilha - após a guerra de independência da Espanha -, dando origem à República. Contudo, esse aniversário não é celebrado em Cuba desde a revolução liderada por Fidel Castro, em 1959, que instaurou um governo socialista e considera que a república data do início do século XX tinha nascido "mediada" por uma emenda constitucional que reservava aos EUA o direito à intervenção"Não voltaremos a esse passado e defenderemos a independência com firmeza", garantiu Díaz-Canel.No entanto, o aniversário é celebrado pelos exilados anti-Castro estabelecidos há seis décadas em Miami, muitas vezes com o apoio explícito da Casa Branca, especialmente durante os governos republicanos. Os Estados Unidos aplicam desde 1962 um bloqueio econômico contra Cuba, a fim de forçar uma mudança de regime, e endureceram as medidas contra a ilha desde a chegada de Trump ao poder, mudando a abordagem adotada por seu antecessor, Barack Obama. Washington culpa Cuba pelo apoio militar do presidente venezuelano Nicolás Maduro, o aliado mais próximo de Havana, que Trump quer tirar do poder.cb/mav/rsr/ll

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