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Desemprego estabiliza, mas mercado cria menos vagas que o esperado nos Estados Unidos

Casa Branca comemorou que 5,6 milhões de postos de trabalho tenham sido criados nos últimos dois anos no país

AFP
02/07/2015 às 18:16.
Atualizado em 23/04/2022 às 08:57
Estabelecimentos dos Estados Unidos conseguiram o maior número de indicações com total de 1.005 (  Divulgação)

Estabelecimentos dos Estados Unidos conseguiram o maior número de indicações com total de 1.005 ( Divulgação)

A economia americana criou menos empregos do que o previsto em junho, decepcionando as expectativas dos analistas, embora a taxa de desemprego tenha caído para 5,3%, seu nível mais baixo desde abril de 2008.Segundo números oficiais do Departamento do Trabalho, divulgados nesta quinta-feira (2), 223 mil vagas foram criadas no mês passado. Ainda que esse ritmo se mantenha sólido, está inferior da média esperada de 230 mil postos.Ao mesmo tempo, o número de vagas criadas em abril e maio recuou em 60 mil, indicando que o ritmo de contratações é, realmente, mais moderado do que se pensava."É um informe bastante modesto", comentou Ian Shepherdson, da Pantheon Macroeconomics. "A criação de 223 mil vagas... Não é ruim, mas não é extraordinário", completou."O recuo na taxa de desemprego se deve mais ao declínio da taxa de participação no mercado de trabalho do que ao dinamismo do emprego", comentou o economista Paul Dales, da Capital Economics.Cerca de 432 mil pessoas não procuraram trabalho no mês passado, o que reduziu a taxa de participação em 0,3%, para 62,6%.Em 5,3%, o índice de desemprego de aproxima, porém, do pleno emprego, considerado estabilizado entre 5% e 5,2%. Trata-se de seu nível mais baixo em sete anos, pouco antes da eclosão da crise financeira.A Casa Branca comemorou que 5,6 milhões de postos de trabalho tenham sido criados nos últimos dois anos no país."É o período de crescimento de emprego mais longo desde 2000", afirmou Betsey Stevenson, membro do conselho de assessores econômicos da Presidência.Inúmeros setores mostraram vitalidade nas contratações, como na área de Saúde (+40.000), de prestação de serviços (+64.000), no setor varejista (+33.000), ou nas atividades financeiras (+20.000) - como tem acontecido nos últimos anos.Em contrapartida, paralisou-se na construção, na indústria automobilística e no governo.O setor petrolífero e de mineração, por exemplo, sempre afetado pelos baixos preços do petróleo, perdeu ainda mais vagas em junho (-4 mil). Desde o início do ano, 71 mil vagas foram cortadas na indústria extrativista.

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