INTERNACIONAL

Deputados pedem ao Banco da Inglaterra que não devolva ouro venezuelano a Maduro

Deputados britânicos confirmaram à AFP, nesta segunda-feira (28), terem pedido ao Banco da Inglaterra que não devolva ao regime de Nicolás Maduro o ouro e outros capitais que Caracas tem ali depositados, à espera de uma solução da situação no país

AFP
28/01/2019 às 19:30.
Atualizado em 05/04/2022 às 09:23

Deputados britânicos confirmaram à AFP, nesta segunda-feira (28), terem pedido ao Banco da Inglaterra que não devolva ao regime de Nicolás Maduro o ouro e outros capitais que Caracas tem ali depositados, à espera de uma solução da situação no país.O deputado conservador Andrew Lewer enviou uma carta ao ministro da Economia, Philip Hammond, na qual assinala que "o novo presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, se viu obrigado a escrever à primeira-ministra (Theresa May) implorando que impeça a transferência de 1,2 bilhão de dólares depositados no Banco da Inglaterra ao regime de Maduro".O deputado trabalhista Graham Jones também pediu ao governo britânico que impeça a repatriação de 14 toneladas de ouro venezuelano, avaliado em 550 milhões de dólares, pertencentes às reservas internacionais da Venezuela."As nossas preocupações são os direitos humanos, a desesperada situação humanitária, a crise dos refugiados e o destino final do ouro, que pertence ao povo venezuelano", disse Jones à AFP.Questionado sobre um eventual pedido do Estado venezuelano de recuperar as reservas internacionais que tem depositadas em Londres, o Banco da Inglaterra respondeu que "não faz comentários sobre temas" referentes à relação com seus clientes.Contudo, na opinião de Lewer, "apesar de o Banco da Inglaterra ser operacionalmente independente, agora é uma questão de Estado, não um tema de confidencialidade com os clientes".E apesar de "todas as informações assinalarem que o banco não liberou o capital", pediu em sua carta a Hammond que o presidente da entidade "faça um anúncio claro de que o Banco se negará a entregar esses fundos".A Chancelaria britânica não respondeu às perguntas da AFP sobre as supostas intenções do governo de Caracas de repatriar o capital depositado em Londres.acc/eg/cb

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