INTERNACIONAL

Custo de catástrofes naturais aumentou em 2017, diz seguradora

As catástrofes naturais provocaram, em 2017, muito mais danos financeiros que nos cinco anos anteriores, e a parte coberta pelas seguradoras registrou um recorde, anunciou nesta quinta-feira a alemã Munich Re

Estadão Conteúdo
04/01/2018 às 15:10.
Atualizado em 22/04/2022 às 11:35

As catástrofes naturais provocaram, em 2017, muito mais danos financeiros que nos cinco anos anteriores, e a parte coberta pelas seguradoras registrou um recorde, anunciou nesta quinta-feira a alemã Munich Re.No ano passado, as catástrofes naturais causaram 330 bilhões de dólares em prejuízos, quase o dobro de 2016 (175 bilhões de dólares) e o balanço mais alto da história desde 2011 (354 bilhões), detalha um estudo da segunda maior seguradora do mundo. Dos 330 bilhões - a maior parte deles relacionada a furacões e ao grave terremoto do México -, as companhias tiveram que cobrir "danos recordes" de 135 bilhões, afirma a seguradora.As catástrofes naturais ainda provocaram a morte de 10 mil pessoas no ano passado, pouco mais que em 2016 (9.650 mortos), mas bem inferior à média da última década - 60 mil vítimas ao ano. Ao todo, foram registrados 710 acontecimento climáticos ou geológicos extremos em 2017, um resultado muito superior aos 605 constatados em média no mesmo período. A Munich Re destaca especialmente as catástrofes que afetaram os Estados Unidos, que representaram a metade de todos os custos.O furacão Harvey, em agosto, com chuvas torrenciais sobre o Texas, provocou um prejuízo de 85 bilhões de dólares.Os outros furacões - Irma na Flórida (32 bilhões de dólares) e María no Caribe - bem como os incêndios na Califórnia também são abordados no estudo.Na Europa, as temperaturas excepcionalmente baixas em abril causaram 3,6 bilhões de dólares em prejuízos na agricultura, dos quais as seguradoras só cobrem 650 milhões.Na Ásia, a monção de intensidade rara deixou 2.700 mortos e provocou 3,5 bilhões de dólares de prejuízos.Algumas das catástrofes "foram uma prévia do futuro", "nossos especialistas esperam ver catástrofes cada vez mais frequentes", apesar de algumas "não serem ligadas diretamente às alterações climáticas", comentou Torsten Jeworrek, diretor da filial da Munich Re, citado em um comunicado.jpl/esp/glr/bc/age/llMUENCHENER RUECKVERSICHERUNG

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