Para Cunha o objetivo da reportagem no mesmo dia em que ele é julgado na Câmara é o de "constranger os parlamentares que defendem a minha absolvição buscando influenciar no seu resultado"
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunhar (Cedoc/RAC)
Na mira do Conselho de Ética da Câmara, o presidente afastado da Câmara rechaçou, em nota, a divulgação do pedido para sua prisão que, segundo o jornal O Globo, foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para Cunha o objetivo da reportagem no mesmo dia em que ele é julgado na Câmara é o de “constranger os parlamentares que defendem a minha absolvição buscando influenciar no seu resultado”. No texto, Eduardo Cunha disse que não tomou ciência do conteúdo do pedido de prisão. "Por isso, não posso contestar as motivações. Mas vejo com estranheza esse absurdo pedido, divulgado no momento da votação no Conselho de Ética", destacou. No Conselho de Ética, a discussão já se estende por mais de quatro horas. Entre os titulares e suplentes que integram o colegiado, 21 se inscreveram e usaram a palavra por 10 minutos. Mais de 13 se posicionaram a favor do relatório de Marcos Rogério (DEM-RO) que pede o afastamento do peemedebista. Entre os aliados de Cunha, houve manifestações como a de Laerte Bessa (PR-DF), que sugeriu um abrandamento da pena, e Sérgio Moraes (PTB-RS), que reforçou que não ficou comprovada a existência de contas em nome de Eduardo Cunha no exterior e reiterou um discurso antigo que o fez ser conhecido como o parlamentar que “se lixa para a opinião pública”. “O discurso do aplauso não me anima. Sou um deputado que vota por fatos e não há nada aqui que prove que ele mentiu à CPI da Petrobras”, afirmou o parlamentar.