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Crianças de Irlanda e Reino Unido são mais obesas da Europa

A Irlanda lidera as estatísticas com 27,5% das crianças menores de cinco anos com sobrepeso ou obesos, seguida pelo Reino Unido (23,1%) e Albânia (22%)

Da France Press
06/05/2015 às 21:24.
Atualizado em 23/04/2022 às 14:25
Os países com as maiores taxas de sobrepeso são Bahamas (69%), México (64%) e Chile (63%) ( Cedoc/RAC)

Os países com as maiores taxas de sobrepeso são Bahamas (69%), México (64%) e Chile (63%) ( Cedoc/RAC)

Irlanda e do Reino Unido são, ao lado da Albânia, os maus alunos da Europa em matéria de sobrepeso e obesidade infantil, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira durante o Congresso Internacional de Obesidade em Praga.A pesquisa é baseada em fatos diferentes sobre o estado nutricional de crianças de zero a cinco anos em 32 países europeus, que revelam uma grande diferença entre os estados e "significativas taxas de sobrepeso e obesidade em muitos países", segundo comunicado dos organizadores da conferência.A Irlanda lidera as estatísticas com 27,5% das crianças menores de cinco anos com sobrepeso ou obesos, seguida pelo Reino Unido (23,1%), Albânia (22%), Geórgia (20%), Bulgária (19,8%) e Espanha (18,4%).Entre os países com menores índices figuram República Tcheca (5,5%), Bélgica (7%) e Suécia (8%), enquanto França (11,4%) e Itália (10,2%) aparecem no meio da tabela. Um adulto ou uma criança tem sobrepeso quando seu Índice de Massa Corporal (IMC) supera os 25 kg/m2. A obesidade aparece a partir dos 30 kg/m2.O médico João Breda, autor do estudo e membro do escritório regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Europa, lembra que uma intervenção antes dos cinco anos de idade é "necessária para conter a trajetória das crianças até o sobrepeso" e trabalha neste sentido por coletar sistematicamente dados sobre a situação.Por ocasião da mesma reunião, um outro estudo, feito com 9.000 crianças em idade escolar, sugere que as crianças obesas são mais propensas a parar prematuramente os estudos em comparação aos outros estudantes.As crianças obesas seguiram em 56% a escolaridade normal de ao menos 12 anos, contra 76% em crianças não obesas.Esta tendência, que afeta crianças obesas de todas as classes sociais e de qualquer origem, poderia ser explicada pelo estigma que elas sofrem por parte de seus colegas, explica a autora do estudo, Emilia Hagman, do Instituto Karolinska, em Estocolmo.De acordo com projeções que a OMS apresentou em Praga, a Europa vai enfrentar uma epidemia de obesidade adulta antes de 2030.frj-mlr-ot/na/bds/tjc/mm/mvv © 1994-2015 Agence France-Presse

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