INTERNACIONAL

Credores europeus da Grécia alcançam acordo sobre dívida e saída do plano de ajuda

Os ministros das Finanças da zona do euro alcançaram um acordo sobre como aliviar a elevada dívida da Grécia e sua saída de quase uma década de programas de resgate, indicaram fontes coincidentes na madrugada de sexta-feira (21)

AFP
21/06/2018 às 20:40.
Atualizado em 22/04/2022 às 02:33

Os ministros das Finanças da zona do euro alcançaram um acordo sobre como aliviar a elevada dívida da Grécia e sua saída de quase uma década de programas de resgate, indicaram fontes coincidentes na madrugada de sexta-feira (21)."Temos um acordo sobre a Grécia", indicou à AFP uma dessas fontes após pouco mais de seis horas de negociações sobre a dívida grega em Luxemburgo, onde os 19 ministros do Eurogrupo também discutiram o futuro da zona do euro. As discussões sobre a dívida (quase 180% do PIB) eram cruciais ao retorno da Grécia aos mercados no próximo 20 de agosto, quando seus credores buscam mostrar a credibilidade de uma economia grega após anos de duras reformas.Em 2010, a Grécia não pôde continuar se financiando nos mercados internacionais e teve que recorrer ao financiamento de seus parceiros europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que exigiram do país um rígido plano de austeridade.As autoridades europeias das Finanças concordaram em estender por dez anos o vencimento de uma parte significativa da dívida grega, segundo uma fonte europeia. Também decidiram sobre o desembolso final de 15 bilhões de euros no contexto do terceiro plano de ajuda adotado em 2015 por um montante de 86 bilhões de euros e do qual o Fundo Monetário Internacional (FMI) não participou.No total, a Grécia se beneficiou de 273 bilhões de euros de assistência financeira por parte de seus credores, os países da zona do euro e o FMI, ao longo de três programas de resgate desde 2010, a mudança de centenas de reformas.A crise financeira mundial de 2008 se transformou em uma crise da dívida no bloco europeu, que impactou especialmente nos países do sul da Europa, como Grécia, Chipre, Espanha e Portugal, e cujas consequências ainda são sentidas.Apesar de um crescimento de 1,4% do PIB em 2017 e do 1,9% estimado para este ano, e um excedente orçamentário de 0,8% (-15,1% em 2009), a Grécia continua tendo o nível da dívida mais alto da Eurozona e de desemprego (20,8%, em fevereiro).tjc/jvb/cc/mvv

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