Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. O objetivo é esclarecer suposto pedido de propina por dose de vacina em tratativas ilícitas com a empresa Davati Medical Supply. Mesa: advogado André Jansen; ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa; presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM); relator da CPIPANDEMIA, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado (Jefferson Rudy)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aprovou um requerimento para realizar uma acareação entre o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). A audiência com os dois deve ser realizada no dia 18 de agosto.
Onyx e Luis Miranda apresentaram versões diferentes sobre as supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin, alvo da CPI. O deputado disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro, no dia 20 de março, sobre um esquema de corrupção no contrato apresentando erros e inconsistências na documentação enviada pela Precisa Medicamentos, que intermediou a negociação, ao Ministério da Saúde.
Em coletiva de imprensa após a denúncia, Onyx declarou que a primeira versão do documento entregue por Miranda à CPI não chegou às mãos do governo. Entre os erros apontados pelo deputado e pelo irmão do parlamentar, o servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, estavam dados diferentes do contrato, como a previsão de pagamento antecipado e uma quantidade diferente de doses, além do pagamento para uma empresa que não fazia parte do contrato.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de acareação, afirmou ser "necessário que a CPI proceda à acareação entre ambos a fim de chegar à verdade dos fatos e encaminhar a responsabilização dos agentes culpados pelas mais de 565 mil mortes pela pandemia da covid-19 no País.