PREVENÇÃO

Coreia do Sul proíbe peixes da região de Fukushima

E lamentou a falta de informações sobre os vazamentos de água radioativa da central nuclear

France Press
06/09/2013 às 08:22.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:21
Preocupação da população aumenta com o vazamento a cada dia de centenas de toneladas de água contaminada pelas radiações (France Press)

Preocupação da população aumenta com o vazamento a cada dia de centenas de toneladas de água contaminada pelas radiações (France Press)

A Coreia do Sul proibiu nesta sexta-feira (6) os peixes e mariscos procedentes da região japonesa de Fukushima e lamentou a falta de informações sobre os vazamentos de água radioativa da central nuclear. "Todos os produtos do mar procedentes desta região serão proibidos, estejam contaminados ou não", anunciou o ministério de Oceanos e Pesca. "A preocupação da população aumenta com o vazamento a cada dia de centenas de toneladas de água contaminada pelas radiações", afirma um comunicado, segundo o qual as "informações fornecidas pelo Japão não permitem saber como as coisas deve evoluir". A situação do complexo nuclear destruído por um tsunami em 11 de março de 2011 voltou ao noticiário nas últimas semanas em consequência dos vazamentos ao mar de água radioativa, armazenada em depósitos da central. O consumo de pescado e crustáceos na Coreia do Sul diminuiu consideravelmente. Seul já havia limitado a importação de produtos alimentícios procedentes de Fukushima e de outros sete municípios próximos. O governo do Japão lamentou a decisão e afirmou que as normas de segurança alimentar são "rígidas, incluindo os produtos do mar, e se baseiam em normas internacionais". Fukushima Daiichi abriga quase 400 mil toneladas de água contaminada com césio, estrôncio, trítio e outras substâncias radioativas, depositadas no subsolo ou armazenadas em mil tanques especiais. Este volume aumenta cada dia em 400 toneladas. Nesta sexta-feira, a Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da central, anunciou que recolocou em posição mais segura um guindaste que havia reclinado sobre o reator 3. O guindaste é utilizado para retirar os dejetos acumulados do reator 3, cujo edifício de proteção ficou parcialmente destruído em uma explosão de hidrogênio em março de 2011.

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