A Assembleia Constituinte venezuelana decidiu nesta quarta-feira (20) eliminar a prefeitura de Caracas, governada na última década pela oposição, alegando que ele deixou de cumprir o papel para o qual foi criada
A Assembleia Constituinte venezuelana decidiu nesta quarta-feira (20) eliminar a prefeitura de Caracas, governada na última década pela oposição, alegando que ele deixou de cumprir o papel para o qual foi criada.Mediante um decreto, o órgão que rege o país como um suprapoder e integrado apenas pela situação, também suprimiu a prefeitura do Distrito Alto Apure, sob o controle de um dissidente do chavismo.O constituinte Juan Carlos Alemán assegurou que a entidade da capital perdeu sua razão de existir depois da implementação do chamado Governo do Distrito Capital da República, que assumiu suas competências.Tanto a prefeitura metropolitana, como o governo da capital, foram criados pela Constituição de 1999, que será reescrita, mas a eliminação de competências da primeira é considerada pela oposição como uma maneira de boicotear seu trabalho."O medo do governo é ter na prefeitura um funcionário com mais popularidade que o presidente", disse à AFP Diego Arria, ex-governador de Caracas, cargo que não existe mais.A prefeitura foi assumida por Antonio Ledezma em 2008, sendo reeleito por mais cinco anos em 2013. Entretanto, em fevereiro de 2015 foi detido, acusado de conspirar contra o presidente Nicolás Maduro, e no mês passado escapou de sua prisão domiciliar para a Espanha.O cargo não foi submetido a eleição na votação de 10 de dezembro convocada pela Constituinte.axm-mbj/avs/yow/cc/mvv