INTERNACIONAL

Conselho Eleitoral do Equador nega registro de partido de Correa

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador informou nesta quarta-feira (17) que negou o registro do novo partido do ex-presidente Rafael Correa, que, em meio a uma crise governista, se desfiliou do movimento que ele próprio fundou e com o qual governou por uma década

AFP
17/01/2018 às 18:20.
Atualizado em 22/04/2022 às 06:37

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador informou nesta quarta-feira (17) que negou o registro do novo partido do ex-presidente Rafael Correa, que, em meio a uma crise governista, se desfiliou do movimento que ele próprio fundou e com o qual governou por uma década.A autoridade eleitoral alegou descumprimentos legais e regulamentares para bloquear o trâmite de inscrição do Partido Revolução Cidadã, o mesmo nome com que Correa batizou seu projeto nacionalista de esquerda, que aplicou ao governar entre janeiro de 2007 e maio de 2017."Ontem, o CNE também nega usar o nome 'Revolução Cidadã', argumentando que é o slogan de outro 'movimento político'. É uma atrocidade jurídica mais, visto que não está registrado nem como nome, nem como slogan. Até quando?!", reagiu Correa no Twitter nesta quarta.O máximo Tribunal Contencioso Eleitoral (TCE) reconheceu na segunda-feira a diretriz da Aliança País (AP), ligada ao presidente Lenín Moreno, que mantém uma queda de braço com Correa, provocando um racha na situação."Poderão ficar com o nome, com as sedes, com o cacife do AP, mas as convicções, o povo, a Revolução e o futuro estão conosco", escreveu Correa também no Twitter.Nas eleições de 2017, a AP conseguiu a maioria na Assembleia Nacional, com 74 dos 137 assentos, mas com o racha no governo, boa parte do bloco declarou apoio a Moreno.A parlamentar correísta Gabriela Rivadeneira manifestou nesta quarta que a negativa do CNE em aprovar o registro do Partido da Revolução Cidadã "é uma artimanha para atrasar o processo (político de Correa)"."Continuaremos focados na campanha pelo 'Não'", prosseguiu Rivadeneira, em alusão ao referendo de 4 de fevereiro, convocado por Moreno para suprimir a reeleição por tempo indeterminado, o que inabilitará o ex-presidente tentar voltar ao poder.Correa e Moreno foram aliados até o último mês de maio, quando o novo governo tomou posse e o atual presidente começou a se distanciar de seu agora ex-companheiro de partido.sp/lb/cn/mvv

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