INTERNACIONAL

Confira os pontos de discórdia entre Rússia e Estados Unidos

A pauta da reunião desta terça-feira (14) entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, está carregada de questões de discórdia entre a Rússia e os Estados Unidos

AFP
14/05/2019 às 17:20.
Atualizado em 03/04/2022 às 22:01

A pauta da reunião desta terça-feira (14) entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, está carregada de questões de discórdia entre a Rússia e os Estados Unidos.À situação na Venezuela ou às sanções, soma-se a questão iraniana e do desarmamento, entre outros temas que contribuem para criar um clima de nova Guerra Fria entre as duas potências. - Venezuela -Nas últimas semanas, Rússia e Estados Unidos se acusaram mutuamente de ingerência na Venezuela, devastada pela crise. Moscou é um aliado essencial do presidente Nicolás Maduro, enquanto Washington apoia o líder opositor Juan Guaidó. A Rússia criticou o apoio "irresponsável" dos Estados Unidos ao golpe de Estado fracassado contra Maduro e Pompeo afirmou que o presidente venezuelano estava disposto a deixar o país, mas que seus apoiadores na Rússia o haviam dissuadido de fazer isso.- Irã -O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, prometeu uma conversa "franca" com Pompeo sobre o acordo nuclear com o Irã, assinado em 2015 e do qual os Estados Unidos se retiraram em 2018.A decisão do presidente americano Donald Trump de restabelecer as sanções contra o Irã afeta duramente a situação econômica da República Islâmica.Rússia, China e União Europeia querem salvar o acordo, mas após as sanções dos EUA, Irã anunciou que suspenderia alguns dos compromissos assumidos.Existe o receio de uma escalada militar por parte dos Estados Unidos, que enviou um navío de guerra e uma bateria de mísseis no Golfo, onde já estão presentes um porta-aviões e bombardeiros B-52.A tensão aumentou na segunda-feira no Golfo depois que Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos denunciaram misteriosas "sabotagens" de vários navios.- Coreia do Norte - No mês passado, o dirigente norte-coreano Kim Jong Un se reuniu pela primeira vez com Vladimir Putin. O encontro de Vladivostok tinha como objetivo ser um contrapeso à influencia de Estados Unidos e reforçar o papel de Moscou na península coreana, após o fracasso nas negociações anteriores entre Kim e Donald Trump. Pyongyang insistiu em que Mike Pompeo devia ficar à margem de qualquer nova discussão. - Ingerência eleitoral - O relatório do procurador especial norte-americano Robert Mueller não apontou provas conclusivas de qualquer conluio entre a Rússia e a campanha Donald Trump em 2016, mas considera que a Rússia "interferiu sistematicamente nas eleições presidenciais de 2016". Mike Pompeo prometeu "medidas duras" contra essas "atividades nefastas" de Moscou e explicou que temia que, em 2020, Moscou se comportasse da mesma maneira. "E devemos esperar que eles continuem em 2050", afirmou.O Kremlin sempre negou qualquer interferência, alegando que as acusações se devem a um problema de disputas internas em Washington.- Prisioneiros - Moscou denuncia a situação de Maria Butina, a única russa detida e condenada em três anos de investigação sobre a interferência da Rússia na política dos EUA.Acusada de ser uma agente russa nos Estados Unidos, ela foi condenada a 18 meses de prisão. Putin, entretanto, classificou a sentença de Butina de "arbitrária" e enfatizou que não entendia por que ela foi condenada. Paralelamente. Paul Whelan, com dupla nacionalidade americana e britânica, foi provisoriamente detido na Rússia, acusado de espionagem. O ex-fuzileiro foi preso no final de dezembro em Moscou.O governo russo rejeita que Whelan possa ser trocado por outro prisioneiro nos Estados Unidos.- Sanções -Washington emitiu sanções contra a Rússia após a anexação da península da Crimeia ucraniana por Moscou em 2014, prejudicando a economia russa e sua moeda nacional. Depois disso, eclodiu uma guerra no leste do país entre o exército ucraniano e os separatistas pró-russos, apoiados militarmente - de acordo com Kiev e os países ocidentais - pela Rússia. O conflito deixou quase 13.000 vítimas até o momento. Desde então, as sanções ordenadas por Washington e pelos países ocidentais tornam-se cada vez mais rígidas.Washington pode tentar avançar na questão do conflito separatista após a eleição, no mês passado, de um novo presidente ucraniano.tm-apo/gmo/am/jvb/zm/erl/cc/mvv

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