A polêmica foi levantada após o estudo publicado em setembro por cientistas da Universidade de Caen
Duas comissões científicas francesas rejeitaram nesta segunda-feira um polêmico estudo coordenado por pesquisadores do país segundo o qual ratos alimentados com milho transgênico sofrem câncer e morrem antes, e pediram um estudo "independente".
O Alto Conselho de Biotecnologia (ACB) e a Agência de Segurança sanitária se pronunciaram nesta segunda-feira contra o estudo realizado pela equipe do professor de Biologia molecular da Universidade de Caen, Gilles-Eric Seralini, cujas conclusões alertavam para os riscos para a saúde dos organismos geneticamente modificados.
O primeiro a se pronunciar foi o ACB, que afirmou não ter encontrado uma relação de causa entre os tumores dos ratos e o consumo do milho transgênico, como assegurava o estudo publicado em setembro por cientistas da Universidade de Caen.
Os métodos utilizados na pesquisa, que concluiu que os ratos alimentados com milho transgênico produzido pela gigante americana de agroquímica Monsanto sofrem de tumores cancerígenos e morrem antes, são "inadequados", destacou o ACB, que examinou a pesquisa a pedido do governo francês.
O ACB recomendou um "estudo a longo prazo, independente e transparente" sob a autoridade do poder público a respeito da segurança para a saúde do milho transgênico NK603.