Os ministros de Relações Exteriores do Grupo dos Sete (G7) países mais desenvolvidos estão reunidos neste domingo (22) em Toronto, Canadá, para buscar uma frente comum contra o que consideram provocações da Rússia
Os ministros de Relações Exteriores do Grupo dos Sete (G7) países mais desenvolvidos estão reunidos neste domingo (22) em Toronto, Canadá, para buscar uma frente comum contra o que consideram provocações da Rússia.Os chanceleres também trouxeram suas dúvidas sobre as intenções do presidente norte-americano, Donald Trump, em relação ao acordo nuclear com o Irã e sobre como será seu planejado encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un. A reunião ministerial é um dos preparativos para a cúpula do G7, que acontecerá em junho em Charlevoix, no Quebec. No começo da reunião, os americanos reiteraram seu "apoio inquebrantável à soberania e à integridade territorial da Ucrânia ante a agressão russa", após o secretário interino de Estado, John Sullivan, participar na noite de sábado de um encontro bilateral com o chanceler ucraniano Pavlo Klimkin.Nenhum dos dois fez declarações á imprensa, mas estima-se que Klimkin informou Sullivan sobre os esforços de Kiev para recuperar o controle da região de Donbas, no leste da Ucrânia, nas mãos de rebeldes pró-russos, e a Crimeia, que Moscou anexou em 2014. - Tensões com a Rússia -A chanceler anfitriã, Chrystia Freeland, receberá seus colegas do G7 e representante da União Europeia em um almoço de trabalho para discutir a situação com Rússia e Ucrânia. Os países do G7 se preocupam também com o apoio de Moscou ao regime de Bashar al Assad, no âmbito da violenta guerra civil na Síria, bem como sua tentativa de matar, na Grã-Bretanha, um ex-espião russo com um agente neurotóxico. Na segunda-feira passada, os chanceleres emitiram um comunicado conjunto no qual pediram ao Kremlin para responder "todas as questões relacionadas ao incidente" e informar detalhadamente sobre seu "programa Novichok não declarado".Novichok é um grupo de agentes químicos letais supostamente desenvolvido pela União Soviética nos anos 70 e 80. Londres estima que eles foram usados para envenenar o ex-espião russo Serguei Skripal em Salisbury, na Inglaterra, em março."Acho que nunca deveríamos mostrar fraqueza diante do presidente Putin. Quando alguém é fraco, ele aproveita isso", disse Macron neste domingo em uma entrevista concedida à emissora Fox News.- Coreia do Norte e proliferação nuclear -Depois, os chanceleres terão uma reunião para tratar da situação com a Coreia do Norte e da não-proliferação nuclear. No mês passado, em uma surpreendente virada diplomática, Trump aceitou o convite do líder norte-coreano Kim Jong Un para se reunirem.Estados Unidos, França e Alemanha - os países ocidentais que assinaram o acordo nuclear com o Irã em 2015 junto com Rússia e China - ainda farão uma reunião para tratar das ameaças de Trump de abandonar esse pacto, a menos que os países europeus aceitem endurecer os controles sobre Teerã."Estamos negociando com os europeus", disse um alto funcionário americano à imprensa antes da reunião. "Avançamos muito, mas temos que continuar". Os sócios europeus estimam que o acordo representa a melhor forma de evitar que o Irã adquira armas nucleares.As reuniões de Toronto podem ser os últimos atos de Sullivan como secretário de Estado, pois a nomeação do chefe da CIA, Mike Pompeo, para ocupar o cargo poderia ser confirmada pelo Senado americano nesta semana. Freeland anunciou neste domingo que o Canadá receberá em 21 e 22 de setembro as mulheres ministras de Relações Exteriores de Gana, Equador, Panamá, Jamaica, Guatemala e Colômbia, antes da reunião da Assembleia Geral da ONU deste ano.dc-fff/ska/ja/val/ll/mvv