No total, 52 pessoas foram acusadas de praticar cerimônias de culto do julgamento final
Centenas de pessoas foram detidas nos últimos dias na China por propagar rumores sobre o fim do mundo no dia 21 de dezembro relacionado ao calendário maia, indicou nesta segunda-feira a imprensa chinesa.
No total, 52 pessoas foram detidas no país, algumas acusadas de praticar cerimônias de culto do julgamento final, segundo a agência Xinhua.
Desde o sucesso do filme americano "2012", inspirado na suposta profecia maia de que o mundo acabará em 21 de dezembro, proliferam na China as previsões do apocalipse.
Na província de Fujian (sudeste), 34 pessoas foram detidas por distribuir panfletos em locais públicos e ocorreram outras duas prisões em Wuhan (centro), segundo a agência de notícias oficial chinesa.
"Houve gente que inventou e propagou rumores sobre o 'fim do mundo', criando distúrbios para ganhar dinheiro, o que desestabiliza a ordem social", indicou a polícia da megalópole de Chongqing (centro), citada pela Xinhua.
As autoridades também reprimiram as atividades de um grupo cristão chamado Deus Todo-poderoso e 37 de seus membros foram detidos na província de Qinghai (noroeste), indicou o jornal Global Times. A seita anuncia a chegada de três dias de escuridão a partir de sexta-feira, segundo a mesma fonte.
Deus Todo-poderoso também faz um chamado a derrubar o Partido Comunista chinês, a quem chama de "grande dragão vermelho", e promete aos seus fiéis uma nova era dirigida por um Cristo feminino.
Por sua vez, as autoridades do distrito de Guangshan (centro) indicaram que o homem detido na sexta-feira por ter apunhalado 22 crianças em frente a uma escola primária agiu "sob a influência dos rumores do fim do mundo".