BANGLADESH

Centenas de pessoas pedem forca para assassinos

Adolescente de 13 anos foi espancado até a morte depois de ter roubado uma bicicleta; vídeo circulou nas redes sociais

France Press
14/07/2015 às 11:06.
Atualizado em 28/04/2022 às 16:47
Morte de adolescente provocou a revolta da população (France Press)

Morte de adolescente provocou a revolta da população (France Press)

Centenas de pessoas se manifestaram nesta terça-feira (14) em Bangladesh pedindo a forca para os assassinos de um adolescente de 13 anos espancado até a morte depois de ter roubado uma bicicleta e cujo calvário foi gravado e divulgado nas redes sociais. A polícia deteve cinco pessoas durante a investigação do assassinado, ocorrido em 8 de julho, de Samiul Alam Rajon, amarrado a um poste e espancado até a morte enquanto suplicava aos seus carrascos que o deixassem viver.A família de Samiul desmente fervorosamente que o jovem tivesse roubado uma bicicleta. O vídeo, que dura 28 minutos, gerou revolta entre os cidadãos de Bangladesh sobre a violência em sua sociedade e motivou uma série de protestos em todo o país. Marcha Na manhã desta terça-feira, centenas de pessoas marcharam em frente à casa de Samiul, na localidade de Sylhet, pedindo a morte para os assassinos, um dia após milhares de pessoas protestarem para expressar sua irritação pela lentidão na polícia. "Os manifestantes deram as mãos no local do assassinato. Pediam a execução dos assassinos", declarou o chefe da polícia local, Akhter Hossain, à AFP.Em Bangladesh as execuções são pouco frequentes, embora nos últimos meses vários dirigentes islamitas tenham sido enforcados por seu papel durante a guerra da independência de 1971. Na madrugada desta terça-feira três pessoas foram detidas, entre elas a esposa de um dos suspeitos e dois homens presentes na cena do crime, segundo a polícia.Outras duas pessoas que participaram diretamente dos violentos atos estão sendo procuradas, disse o agente Hossain. O cúmplice do principal suspeito, Kamrul Islam, foi detido na Arábia Saudita, onde fugiu após o crime, segundo o ministério das Relações Exteriores.

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