INTERNACIONAL

Caso de jovem saudita refugiada na Tailândia será examinado pelo Acnur

O caso de uma jovem saudita que a Tailândia desistiu de expulsar diante da mobilização nas redes sociais será avaliado com rapidez pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), enquanto a Austrália anunciou que estuda lhe conceder asilo

AFP
08/01/2019 às 11:00.
Atualizado em 05/04/2022 às 12:06

O caso de uma jovem saudita que a Tailândia desistiu de expulsar diante da mobilização nas redes sociais será avaliado com rapidez pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), enquanto a Austrália anunciou que estuda lhe conceder asilo."Vamos estudar o caso e determinar os próximos estágios, o que pode levar alguns dias", afirmou Giuseppe de Vicentiis, representante do Acnur na Tailândia, em um comunicado."Somos muito gratos às autoridades tailandesas, que não a enviaram para o país contra a vontade dela", acrescentou.Rahaf Mohammed al-Qunun, de 18 anos, estava de férias no Kuwait com sua família quando fugiu e desembarcou neste fim de semana no aeroporto de Bangcoc.Ela queria ir para a Austrália, onde esperava apresentar um pedido de asilo.Canberra assegurou nesta terça-feira (8) que vai avaliar cuidadosamente o pedido de asilo da jovem saudita."O governo australiano está satisfeito que o pedido de proteção da srta. Rahaf Mohammed al-Qunun seja avaliado pelo Acnur", afirmou um porta-voz do Ministério do Interior à AFP."Qualquer demanda por um visto humanitário feito pela srta. Al-Qunun será considerada com cuidado quando o processo do Acnur for concluído", acrescentou.Detida ao pisar em território tailandês, Rahaf Mohammed al-Qunun assegurou que autoridades sauditas e kuwaitianas confiscaram seu passaporte. A embaixada da Arábia Saudita nega.A jovem, que estava para ser expulsa do país, decidiu se entrincheirar no quarto de hotel do aeroporto e postou várias mensagens no Twitter. Ela disse ter recebido ameaças de sua família e que teme por sua vida se tiver de voltar para a Arábia Saudita.- Caso de família -"Não é um caso político, ou internacional... É um caso de família", afirmou o chefe da polícia migratória da Tailândia, Surachate Hakparn, depois de uma reunião na embaixada saudita sobre o assunto, em uma tentativa de minimizar a controvérsia."Isso deve ser solucionado em família", insistiu.O pai e um dos irmãos da moça chegaram a Bangcoc para falar com ela.Depois das postagens de Rahaf, foi divulgada na Internet uma petição contra a expulsão da jovem. Diante da forte pressão internacional e nas redes sociais, a Tailândia decidiu não expulsá-la e autorizou o Acnur a se encarregar do caso."Vocês são o verdadeiro poder", afirmou Rahaf nesta terça-feira aos internautas no Twitter. Todos os meses, entre 50 e 100 pessoas são impedidas de solicitarem o visto quando chegam à Tailândia, de acordo com os serviços de migração locais."Mas o caso de Rahaf é excepcional", explicou o chefe de serviços, sem dar mais detalhes.De acordo com o princípio internacional da não devolução, os requerentes de asilo não podem ser expulsos para seu país de origem, se sua vida estiver em perigo.A Tailândia não assinou uma convenção da ONU sobre refugiados, porém, e os solicitantes de asilo são normalmente expulsos, ou esperam anos, até serem enviados para outros países.bur-dth/lch/es/zm/cn/tt

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