INTERNACIONAL

Cartum tem novos protesto para pressionar militares

Milhares de sudaneses protestaram em Cartum, em resposta à convocação do movimento de contestação, que lamenta a ausência de avanços nas negociações com os militares, que se recusam a ceder o poder aos civis

AFP
30/05/2019 às 22:20.
Atualizado em 03/04/2022 às 09:17

Milhares de sudaneses protestaram em Cartum, em resposta à convocação do movimento de contestação, que lamenta a ausência de avanços nas negociações com os militares, que se recusam a ceder o poder aos civis. Os manifestantes mantiveram a pressão sobre o Exército, no dia seguinte de dois dias de greve geral em vários territórios do país. "Estamos aqui para afirmar nossa reivindicação fundamental de um poder civil durante o período de transição, para garantir uma verdadeira transição democrática", declarou à AFP Mohamed Hassan, um jovem manifestante."Os objetivos de nossa revolução serão alcançados com nosso pacifismo, não através da violência", afirmou diante da multidão Wajdi Saleh, membro da Aliança pela Liberdade e Mudança.Desde 6 de abril, milhares de manifestantes acampam em frente a um quartel militar na capital sudanesa. Após pedir aos militares apoio para derrubar Omar al Bashir, agora querem que os generais deixem o poder.Mais cedo, centenas de mulheres deram início à mobilização. Durante uma "marcha das mulheres", se dirigiram ao quartel general das Forças Armadas para reivindicar que militares cedam o poder aos civis."Liberdade, paz, justiça! O poder civil é a escolha do povo!", gritavam as mulheres, de todas as idades, segurando cartazes e bandeiras sudanesas."Queremos um Estado civil que garanta todos os nossos direitos como mulheres e nos assegure uma vida digna", disse à AFP Nada Hashem, uma jovem mãe de família. A marcha desta quinta-feira acontece no dia seguinte de dois dias de "greve geral". As negociações entre o Conselho Militar de Transição e o ALC foram suspensas em 21 de maio diante da falta de acordo. Ambos os lados querem obter a direção e ter uma maioria de representação no futuro Conselho Soberano, que deverá garantir a transição política durante três anos.O chefe do Conselho Militar no poder, Abdel Fatah al Burhan, viajou nesta quinta-feira à Arabia Saudita para participar de várias cúpulas.Em meio aos protestos, o Conselho Militar decidiu "fechar" o escritório em Cartum da rede de televisão catariana Al-Jazeera."Os serviços de segurança sudaneses informaram ao diretor do escritório da Al-Jazeera a decisão do Conselho Militar de Transição de fechar nosso gabinete em Cartum", revelou o site da rede de informação."A decisão inclui a retirada da autorização de trabalho para os correspondentes e demais funcionários da Al-Jazeera a partir de agora", acrescentou a rede de televisão, que cobria regularmente os protestos.

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