COMÍCIO

Capriles promete ser eleito na terra de Hugo Chávez

Campanha tem lado cômico, um dia após Maduro afirmar que sentiu o espírito de Chávez em passarinho

France Press
04/04/2013 às 10:06.
Atualizado em 25/04/2022 às 21:54
Henrique Capriles utiliza uniforme de clube de futebol da cidade onde comícios são realizados (France Press)

Henrique Capriles utiliza uniforme de clube de futebol da cidade onde comícios são realizados (France Press)

"No dia 15 de abril vou para o Miraflores (palácio presidencial)", garantiu nesta quarta-feira o candidato da oposição à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, em discurso na cidade de Barinas, no estado natal do finado presidente Hugo Chávez.

"Aos que acreditavam que não temos eleitores em Barinas, aqui está o povo", disse Capriles para milhares de pessoas que ocuparam a avenida central da capital do estado do mesmo nome.

Vestido com as cores do time local de futebol - como geralmente faz em seus comícios - Capriles ressaltou que nesta campanha eleitoral de dez dias não enfrenta apenas o candidato do governo e presidente interino, Nicolás Maduro, mas todo o poder do Estado.

"É uma luta contra um grupinho que está plugado (no governo) e pretende submeter Barinas e a Venezuela", afirmou Capriles, que se afastou do governo de Miranda para disputar a presidência.

"O que temos contra eles é a fé, a esperança e a valentia para levar este país adiante", afirmou Capriles antes da queima de fogos que encerrou o comício.

A campanha para as eleições de 14 de abril assumiu um lado cômico nesta quinta-feira, um dia após Maduro afirmar em um comício que sentiu o espírito de Chávez em um passarinho.

Segundo Maduro, o "passarinho" deu várias voltas em torno dele e cantou para abençoar a campanha eleitoral. "Senti o espírito de Chávez, estava dando sua benção, dizendo: 'começa hoje a batalha pela vitória'".

Após ter seu "equilíbrio mental" questionado por Leopoldo Lopez, um dos coordenadores de campanha da oposição, Maduro reagiu nesta quinta afirmando que "nós, o povo de Cristo, o povo de Chávez, respeitamos estas coisas, mas a burguesia, não". "Tenho o direito de sentir o que senti, burgueses, desumanos, apátridas".

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por