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Cabral será denunciado por corrupção passiva

De acordo com o procurador José Augusto Vagos, foram identificados pelo menos seis funcionários contratados pela Fecomércio a pedido de Cabral para Diniz.

Estadão Conteudo
Estadão Conteúdo
23/02/2018 às 14:55.
Atualizado em 22/04/2022 às 14:23
De acordo com o procurador José Augusto Vagos, foram identificados pelo menos seis funcionários contratados pela Fecomércio a pedido de Cabral para Diniz. (Agência Brasil)

De acordo com o procurador José Augusto Vagos, foram identificados pelo menos seis funcionários contratados pela Fecomércio a pedido de Cabral para Diniz. (Agência Brasil)

O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB), será denunciado novamente pela força-tarefa da Lava Jato do Rio por corrupção passiva, desta vez, por pedir a contratação de funcionários da Fecomércio do Rio para atender interesses pessoais. Nesta sexta-feira, 23, o presidente afastado do órgão, Orlando Diniz, foi preso preventivamente na Operação Jabuti, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal do Rio (MPF). De acordo com o procurador José Augusto Vagos, foram identificados pelo menos seis funcionários contratados pela Fecomércio a pedido de Cabral para Diniz. Eles recebiam por entidades ligadas ao sistema S, como o Sesc e Senac-Rj. Entre eles, estariam a ex-governanta de Cabral, Sonia Ferreira Baptista, uma chef de cozinha que trabalhava no Palácio Guanabara (sede do governo estadual) e a mulher e a mãe de Carlos Miranda - operador de Cabral que fechou delação premiada "Nós contabilizamos, pelo menos, um prejuízo de cerca de R$ 8 milhões para a Fecomércio na soma destes salários. Identificamos que Cabral solicitou a Diniz a contratação dessas pessoas ligadas a ele e até de amigos de infância para atender seus interesses pessoais. Alguns deles nunca compareceram para trabalhar nessas entidades", disse o procurador. Em março do ano passado, a ex-governanta Sônia Ferreira Baptista admitiu que comandava 15 empregados do casal e recebia R$ 20 mil mensais, trabalhando em home office, sendo remunerada pelo Senac-RJ, onde era lotada em um cargo comissionado, mas nunca trabalhou na função. A afirmação foi feita durante depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Durante a Operação Jabuti, também foi identificado que gestores da Fecomércio do Rio "estariam envolvidos em operações irregulares incluindo o desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento, com recursos da entidade, de vultosos honorários a escritórios de advocacia, somando mais de R$ 180 milhões, incluindo o da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo. De acordo com o MPF, "Cabral emprestou sua expertise para ajudar Diniz (Fecomércio) a lavar dinheiro". Defesa A reportagem está tentando contato com a defesa de Orlando Diniz O espaço está aberto para manifestação.

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